A Polícia Civil de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul deflagrou nesta sexta-feira (26) a Operação Euterpe, que teve como alvo integrantes da quadrilha conhecida como “Tropa de Cuiabá”, apontada como responsável por aplicar fraudes milionárias em contas bancárias em vários estados do país.

A ação resultou no cumprimento de 11 mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão em Cuiabá e Várzea Grande. Até agora, pelo menos oito suspeitos foram detidos, segundo balanço preliminar da operação.

Entre os crimes investigados está o desvio de aproximadamente R$ 1 milhão dos salários dos jogadores Gabigol e Kannemann, caso já apurado anteriormente pela operação Falso 9. Em Mato Grosso do Sul, a quadrilha também teria fraudado uma agência bancária em Campo Grande, gerando um prejuízo estimado em R$ 250 mil.

De acordo com o delegado Pedro Henrique Cunha, do GARRAS (MS), as investigações revelaram uma organização criminosa altamente estruturada, voltada a fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro. O grupo, segundo a polícia, atua como braço articulado de facções nacionais, possivelmente ligadas ao PCC.

Além das fraudes, a quadrilha financiava uma produtora musical de funk, usada para ostentar ganhos ilícitos, citar integrantes mortos e recrutar novos membros por meio das letras. Em uma das músicas, os criminosos chegaram a fazer referência ao “milhão do Gabigol”.

A operação foi conduzida em parceria entre a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e a Delegacia Especializada de Estelionato de Várzea Grande (DEE), com apoio de várias unidades policiais.

Segundo o delegado, todos os mandados foram cumpridos com êxito, reforçando o combate ao crime organizado que utiliza fraudes financeiras como fonte de financiamento.