A decisão da Prefeitura de Cuiabá de fechar a Rua 13 de Junho aos sábados para realização da “Feira do Centro” segue gerando polêmica. Enquanto a gestão municipal defende que a medida valoriza o centro histórico e fortalece a economia popular, comerciantes reclamam que a restrição ao tráfego de veículos prejudica o acesso de clientes e derruba as vendas.

O projeto foi iniciado em setembro e já chega à sua terceira edição neste sábado (4). O trecho entre as avenidas Getúlio Vargas e Isaac Póvoas fica bloqueado das 7h às 16h, permitindo apenas a circulação de pedestres. Para a prefeitura, a iniciativa ajuda a revitalizar a região central.

Lojistas, no entanto, avaliam que o fechamento traz prejuízos. Segundo levantamento realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Cuiabá, divulgado pelo Estadão Mato Grosso, 52,8% dos comerciantes ouvidos se posicionaram contra a interdição da via e 75% reprovaram a liberação para ambulantes. A principal preocupação é o impacto nas vendas e a concorrência considerada desleal.

O presidente da CDL, Júnior Macagnam, afirma que é necessário proteger empregos formais. “Entendemos a importância dos ambulantes, mas a solução não pode prejudicar milhares de comerciários que dependem do fluxo do centro”, destacou em entrevista ao portal.

A prefeitura não sinalizou mudanças no formato da feira, que continua sendo realizada semanalmente. A expectativa é que as próximas edições sirvam para avaliar a aceitação do projeto, que por enquanto divide comerciantes e gestão municipal.