Servidores da Saúde protestam contra redução de insalubridade e ameaçam greve

Servidores da Saúde protestam contra redução de insalubridade e ameaçam greve reprodução internet

Os profissionais da Saúde de Cuiabá foram às ruas nesta terça-feira (7) em protesto contra a redução do adicional de insalubridade. A manifestação ocorreu em frente à Câmara Municipal e reuniu dezenas de servidores, entre enfermeiros, técnicos e dentistas da rede pública.

O ato foi organizado pelo Sindicato dos Profissionais de Enfermagem (Sinpen) e contou com faixas e cartazes cobrando o cancelamento da medida. A categoria afirma que a mudança no cálculo pode causar perda de até R$ 2,6 mil por servidor e ameaça paralisar os serviços caso o benefício não seja mantido.

Uma assembleia-geral está marcada para sexta-feira (10), quando será decidida a deflagração de greve. Segundo o presidente do Sinpen, Dejamir Soares, o corte atinge diretamente quem atua na linha de frente da saúde municipal.

A redução segue determinação de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público e o município, ainda durante a intervenção do Governo do Estado na Saúde de Cuiabá, na gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro. Na época, uma auditoria constatou pagamento irregular do adicional, com prejuízo anual estimado em R$ 48 milhões aos cofres públicos.

O prefeito Abílio Brunini manteve o cumprimento do TAC e determinou que o adicional só será pago mediante perícia e laudo técnico que comprovem exposição a risco. A Prefeitura afirma que a medida é legal e necessária para evitar responsabilização administrativa.

Enquanto isso, o clima entre os servidores é de indignação. “Trabalhamos em ambiente hospitalar, lidamos com risco diário e agora querem tirar um direito garantido”, reclamou uma servidora durante o ato. Caso não haja recuo da gestão, a greve pode começar a partir do dia 15 de outubro.