Várzea Grande decreta estado de calamidade pública por causa da crise hídrica

Várzea Grande decreta estado de calamidade pública por causa da crise hídrica SECOM VG

A Prefeitura de Várzea Grande publicou nesta terça-feira (21) o Decreto nº 88/2025, declarando Estado de Calamidade Pública no município. A decisão é uma resposta direta à grave crise de escassez no abastecimento de água potável, intensificada por um prolongado período de estiagem que atinge toda a região.

O objetivo do decreto é liberar a burocracia para que a administração possa agilizar a adoção de medidas emergenciais, garantindo o fornecimento mínimo e regular de água, especialmente nos bairros mais atingidos pela falta do recurso.

O documento aponta a redução drástica na captação e a necessidade urgente de manutenção e modernização das redes, muitas delas antigas e sobrecarregadas, como as razões cruciais para a medida.

O presidente do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG), coronel Zilmar Dias, defendeu a medida como uma necessidade técnica.

“O estado de calamidade não significa descuido, muito menos abandono. Pelo contrário: é uma ferramenta que nos dá condições de atuar com mais rapidez, buscando soluções emergenciais para garantir que a população continue sendo atendida”, explicou o coronel.

Equipes do DAE-VG estão trabalhando em regime de plantão para tentar minimizar os impactos da crise e assegurar o abastecimento, mesmo que de forma intermitente, até que o sistema seja normalizado.

Desafios estruturais

Um dos principais pontos de atenção é a situação da Estação de Tratamento de Água (ETA) Cristo Rei, uma das mais importantes da cidade. A unidade enfrenta problemas constantes de manutenção em seus filtros, que demonstram alta sensibilidade à turbidez da água captada, interferindo diretamente na capacidade de produção e distribuição.

Outro fator que agrava a crise, segundo o DAE-VG, é a falta de interligação entre as ETAs do município. Essa deficiência impede o remanejamento eficiente de água tratada entre as regiões, o que torna a gestão do recurso extremamente complexa durante a seca.

“Compreendemos a angústia dos moradores. Por isso, nossas equipes não têm medido esforços. Seguiremos firmes, com responsabilidade e comprometimento, até superar essa crise e garantir um abastecimento mais eficiente e seguro para todos”, reforçou o presidente do DAE-VG.

O decreto tem uma validade inicial de 180 dias, podendo ser estendido com base em relatórios técnicos e avaliação do Comitê de Gestão de Calamidade Pública. O DAE-VG apela ainda à compreensão e colaboração da população, pedindo o uso consciente da água e reafirmando a dedicação em restabelecer a normalidade no menor tempo possível.

 

(COM ÚNICA NEWS)