A redução de 4,9% no preço da gasolina anunciada pela Petrobras começou a valer na terça-feira (21), mas o impacto nas bombas de Cuiabá foi quase imperceptível. Em média, o litro caiu de R$ 6,39 para R$ 6,29, uma diferença de apenas R$ 0,10.

Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso (Sindipetróleo-MT), o reajuste anunciado pela Petrobras não chega de forma automática ao consumidor. Antes, o valor passa pelas distribuidoras, que decidem quanto repassar aos postos conforme seus custos e políticas comerciais.

O preço final da gasolina também é influenciado pela mistura de 30% de etanol anidro. Como o etanol não teve redução, o repasse ao motorista acaba sendo menor do que o corte anunciado pela estatal.

Para quem depende do carro todos os dias, a queda foi pequena demais para fazer diferença. “Essa redução não significa nada no bolso do brasileiro. A alta dos últimos meses foi muito pesada. Baixar dez centavos não é redução, é migalha”, disse o motorista de aplicativo Ederson Santos.

Mesmo com a queda, o preço médio da gasolina em Cuiabá continua entre os mais altos do Centro-Oeste. E o alívio prometido pela Petrobras ainda parece distante da realidade do consumidor mato-grossense.