Fabricio Carvalho lança obra que investiga como as Big Techs moldam os sentidos do presente

 Fabricio Carvalho lança obra que investiga como as Big Techs moldam os sentidos do presente ASSESSORIA

Escute se for capaz”, lançado pela Editora Letramento, é um convite à reflexão e à resistência sensível

 

Vivemos uma era em que o excesso de informação não esclarece, mas confunde, nos colocando diante da infodemia. O problema não são apenas as fake news, mas também a sensação de barulho permanente, que esgota a atenção e fragiliza o sentido coletivo. Lançado pela Editora Letramento, de Minas Gerais, o livro “Escute se for capaz”, do escritor e maestro Fabricio Carvalho, propõe que resistir, hoje, não começa falando mais alto, mas reaprendendo a escutar. O lançamento da obra acontece no dia 14 de novembro, às 19h, na Academia Mato-grossense de Letras.

De acordo com o autor, nunca fomos tão livres para falar e, ao mesmo tempo, tão presos ao ruído. “O acesso à informação nunca foi tão amplo, mas o excesso de notícias, opiniões e dados nem sempre fortalece. Muitas vezes confunde, anestesia e enfraquece o espaço público. Foi dessa inquietação que nasceu o livro, fruto da minha travessia entre a música e a pesquisa em política social, que procura mostrar que a comunicação não é apenas troca de mensagens, mas um campo de disputa. E que a escuta pode ser um gesto político de resistência”, destaca.

Fabricio acrescenta que a obra não é só um livro para entender o digital, mas também um convite a resistir de forma sensível, a recuperar o silêncio, a disputar os sentidos. Porque comunicar, hoje, é também lutar pelo comum.

“Quis escrever um livro acessível, sem abrir mão da densidade. Uso exemplos do cotidiano, metáforas musicais e uma linguagem que convida tanto acadêmicos quanto leitores curiosos. Ao longo do texto, dialogo com autores como Foucault, Byung-Chul Han, Mark Fisher e Shoshana Zuboff, mas sempre de forma a traduzir esses conceitos para a vida cotidiana, mostrando como eles ajudam a entender a nossa experiência diária nas redes. O diferencial é pensar a comunicação não só como tecnologia, mas como vida partilhada. O que está em jogo é a própria democracia, a nossa capacidade de vínculo e de imaginação”, revela o autor.

O livro ainda nos convida à escuta, mas precisa ser aquela que resiste ao ruído, que exige pausa, presença e disposição crítica. Com a sensibilidade de quem se move entre sons e silêncios, ele atravessa o terreno denso da comunicação digital com a escuta apurada de um músico – mas, sobretudo, com a inquietação e o rigor de um pesquisador comprometido com a crítica social.

Serviço
Lançamento da Obra “Escute se for capaz” – Fabricio Carvalho
14 de novembro, Academia Mato-grossense de Letras, em Cuiabá