Menino morto por linha com cerol em Várzea Grande era filho de funcionária do DAE

Menino morto por linha com cerol em Várzea Grande era filho de funcionária do DAE reprodução

A tragédia que chocou Várzea Grande no domingo (26) envolveu o menino Davi Almeida Franco, de 9 anos, atingido por uma linha com cerol enquanto andava de bicicleta. A vítima era filho de uma servidora do Departamento de Água e Esgoto (DAE-VG), o que deixou colegas e funcionários do órgão profundamente abalados.

Davi pedalava em uma rua do bairro Cristo Rei, área conhecida por ser usada por jovens para soltar pipas, quando a linha cortante atingiu seu pescoço. O ferimento foi tão grave que o menino morreu ainda no local. A perícia confirmou que o corte foi profundo, provocado por uma linha chilena com cola e vidro moído, capaz de agir como uma lâmina.

O delegado Michel Paes, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou que o caso é investigado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Ele explicou que duas hipóteses estão sendo apuradas: Davi pode ter sido atingido enquanto corria atrás de uma pipa ou quando passava por uma linha estendida na rua.

Em nota, a Prefeitura de Várzea Grande e a direção do DAE manifestaram pesar e solidariedade à família da servidora. O órgão decretou luto e suspendeu atividades internas nesta segunda-feira (27) em respeito à perda.

O velório do menino ocorre na Capela Santo Antônio, e o sepultamento está marcado para o Cemitério Parque Cuiabá. A comunidade se mobilizou nas redes sociais, prestando homenagens e cobrando punição para os responsáveis.

O uso de linha com cerol é proibido por lei em Mato Grosso. Mesmo sem vítimas, fabricar, vender ou utilizar o material é considerado crime, por colocar em risco a vida de outras pessoas.

A Polícia Civil segue com as investigações para identificar quem soltava pipas no local e de onde veio o material que provocou o acidente.