ABRASEL
Apesar disso, o setor projeta alta no faturamento durante o fim de ano
A alta da inflação e os efeitos da crise do metanol impactaram, especialmente a última semana de setembro. Segundo levantamento da Abrasel realizado entre os dias 13 e 21 de outubro, o resultado foi uma queda no número de empresas com lucro, que passou de 43% em agosto para 33% em setembro. Além disso, o total de negócios em prejuízo passou de 16% para 27%.
Apesar disso, em Mato Grosso, o setor de alimentação fora do lar tem boa expectativa para os últimos meses do ano. Conforme a pesquisa, 84% dos empreendedores esperam ter alta no faturamento em comparação com o mesmo período do ano passado. Para a maioria (24%), o aumento deve ser de pelo menos 10%.
Conforme o presidente da Abrasel em Mato Grosso, Daniel Teixeira, 35% das empresas no estado registraram prejuízos em setembro, mas que, apesar disso, 84% das empresas esperam aumentar as vendas no fim do ano. “Para minimizar os efeitos da crise do metanol, combatendo a desinformação e reduzindo a circulação de fake news, a Abrasel elaborou uma cartilha com esclarecimentos aos consumidores e empresários. É bom salientar que o consumo de bebidas em bares e restaurantes é seguro, pois eles passam por constante fiscalização dos órgãos reguladores”, destaca.
Os números corroboram os resultados do Índice Abrasel-Stone, que indicou uma queda de -4,9% no volume de vendas no mês passado. “Setembro foi atípico, com fatores externos que afetaram o desempenho, mas, ainda assim, o otimismo permanece. Acreditamos que os próximos meses serão muito movimentados pelas confraternizações, turismo e pagamento do 13º salário, que tradicionalmente fortalecem o setor nesta época do ano”, afirma Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.
Reforço nas equipes para atender à demanda
Com a expectativa de aumento no fluxo de clientes, 32% dos estabelecimentos pretendem ampliar o quadro de funcionários, especialmente para cargos operacionais como auxiliares de cozinha (70%), garçons (54%) e atendentes (48%). O principal motivo das contratações é a demanda do fim de ano, apontado por 78% dos empresários.
Apesar disso, 88% relatam dificuldades para contratar, principalmente pela falta de interessados nas vagas (32%) e pela escassez de profissionais qualificados (31%). Entre as posições mais difíceis de preencher estão as de cozinheiros especializados, como sushiman e churrasqueiro, além de chefs de cozinha e gerentes.
Para enfrentar a escassez de profissionais, muitos empresários têm adotado medidas para atrair e manter seus colaboradores. As ações mais comuns são a premiação por desempenho (41%), seguida de cursos e treinamentos (20%), flexibilização de horários (19%) e aumento de salários (19%).
“O desemprego em níveis historicamente baixos significa mais poder de compra e, por consequência, mais movimento. Isso traz um desafio a mais na contratação de profissionais, principalmente os mais qualificados. Mas é melhor ter essa dificuldade do que ver faltarem clientes”, destaca Solmucci.
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