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Foi adiada a votação do Projeto de Lei que reajusta em 6,8% os salários dos servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso. A proposta foi retirada de pauta nesta quarta-feira (05.11) após um pedido de vista do deputado Dr. Eugênio (PSB). Diante do adiamento, representantes da categoria anunciaram a paralisação das atividades e não descartam uma eventual greve caso o texto não seja aprovado na próxima semana.
O projeto que reajusta os vencimentos dos servidores do Judiciário foi aprovado em primeira votação e seguiu para a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Casa de Leis. Presidente do colegiado, o deputado Eduardo Botelho (União) emitiu parecer favorável à matéria, mas Eugênio, que integra a Comissão, encaminhou por escrito o pedido de vista, alegando que a proposta precisa ser avaliada pela Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) antes de passar pela segunda e definitiva votação em plenário.
A medida frustrou dezenas de servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) que acompanhavam a sessão. Além deles, estavam presentes para acompanhar a votação, em sinal de apoio à proposta, o presidente do Tribunal, desembargador José Zuquim Nogueira, a vice-presidente da Corte, desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho, e os desembargadores Orlando Perri e Carlos Alberto da Rocha.
Representando a categoria, o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso (Sinjusmat), Rosenwal Rodrigues, criticou a demora na aprovação da proposta. Ele anunciou a paralisação das atividades dos servidores e não descartou que a categoria entre em greve.
“Lamentavelmente houve este adiamento de uma proposta que é lícita, que é prerrogativa do Poder Judiciário e que não vai resultar no pedido de recursos por parte do Tribunal ao Executivo para que este pagamento seja feito. Por isso, iremos paralisar nossas atividades uma vez por semana e, se a matéria não for votada na próxima quarta-feira, podemos definir uma greve por tempo indeterminado”.
O reajuste para os servidores do Judiciário tem sido criticado por integrantes do governo. Nesta semana, o secretário estadual de Fazenda, Rogério Gallo, alegou que o reajuste pode gerar um efeito-cascata entre as demais categorias de servidores criando assim um impacto bilionário nas contas públicas.
(COM UNICA NEWS)
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