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A jovem Stephany Leal usou as redes sociais, nesta quarta-feira, 3 de dezembro, para pedir ajuda das forças de segurança após denunciar que vem sendo agredida, humilhada e ameaçada pelo ex-companheiro, que não aceita o fim do relacionamento. Em publicações emocionadas, ela afirmou que teme ser morta e que vive com medo de sair de casa.
“Vocês sabem o que é estar com medo de sair do portão pra fora?”, desabafou.
Segundo o relato, Stephany manteve um relacionamento com um homem mais velho e, no início, acreditou viver uma relação saudável. A situação mudou a partir de junho, quando, de acordo com ela, as agressões começaram. Em um vídeo divulgado pela própria jovem, é possível vê-la sendo espancada pelo então companheiro.
As violências teriam se intensificado nos meses seguintes. Stephany afirma ter sido agredida diversas vezes e também abusada sexualmente. Ao decidir pôr fim ao relacionamento, relatou ter sido brutalmente espancada.
Ela procurou ajuda imediatamente. “Em menos de cinco horas após o acontecido, eu procurei a polícia, registrei boletim de ocorrência, pedi medida protetiva, botão do pânico, achando que ele seria preso em flagrante, mas não. Ele ganhou só um convite para um encontro com homens”, afirmou, demonstrando frustração com a resposta recebida.
O medo aumentou nesta quarta-feira, quando o agressor teria recebido uma foto dela sentada em uma mesa de bar com amigos. Na sequência, segundo a vítima, ele ligou dizendo que mataria ela, o suposto atual namorado e, depois, tiraria a própria vida.
Desesperada, Stephany marcou a primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, nas publicações e pediu ajuda diretamente às autoridades. “Vocês sabem o que é preciso para um homem ser preso no Brasil? Matar a mulher. É esse o Brasil que temos”, declarou.
Ela também fez um alerta a outras mulheres. “Cuidado com aquele cara bonzinho, que te dá flores, que fala que você é a mulher da vida dele e depois grita com você, te xinga de vagabunda. Todo mundo dá sinal. Não se apeguem ao que eles oferecem. A vida de vocês não vale o risco.”
O caso reacende o debate sobre a efetividade das medidas de proteção e a demora na resposta a vítimas de violência doméstica. A jovem segue aguardando providências e reforçando, publicamente, o pedido para não se tornar mais um número nas estatísticas de feminicídio.
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