NOVO MINISTRO DA SAÚDE: Bolsonaro indica o terceiro ministro filiado ao Dem e o segundo com bases eleitorais no Mato Grosso do Sul

Redação   O médico e deputado federal Luiz Henrique Mandetta é o terceiro ministro do DEM escolhido por Bolsonaro. Ele se junta à futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e ao chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Cristina e Mandetta têm bases políticas e eleitorais no Mato Grosso do Sul, mas ambos, em seus respectivos setores profissionais em que atuam (Agropecuária e Medicina), possuem bom trânsito, além de respaldo junto à classe política ligada à situação e capacidade de dialogar com a oposição. A indicação de Tereza Cristina, assim como a de seu colega parlamentar do MS, está sendo avaliada como positiva, principalmente na Região Centro-Oeste.   Repercussão   A deputada federal Cármen Zanotto (PPS-SC), presidente de uma das frentes parlamentares da área da saúde, afirmou que os deputados ligados ao setor aprovam a indicação do deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) como ministro da Saúde do governo Jair Bolsonaro.    O anúncio foi feito pelo presidente eleito na tarde desta terça-feira, 20, num dos gabinetes de transição no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.    "O presidente cogitou o nome dele, a indicação dele, e nós da frente parlamentar respaldamos pela sua vasta experiência na área de saúde. (Mandetta) Já foi gestor, é parlamentar e é médico ortopedista-pediatra. Conhece as dificuldades do setor saúde", disse Cármen Zanotto, após a confirmação por Bolsonaro, feita em uma reunião com a presença de parlamentares de diversos partidos.  Segundo Zanotto, a indicação atende aos anseios do setor saúde, das frentes parlamentares e dos demais segmentos e entidades voltadas para a área da saúde. A prioridade do ministério na próximo governo, na opinião da deputada, deveria ser o Sistema Único de Saúde (SUS).    "É preciso continuar avançando no SUS, melhorando, é claro, todas as dificuldades. Em especial, as dificuldades da rede hospitalar prestadora de serviços e a dificuldade de acesso a alguns procedimentos no País", disse Cármen Zanotto.    Também presente à reunião, o deputado Efraim Filho (DEM-PB), que foi líder do DEM na Câmara, disse que a indicação do correligionário é um "pleito coletivo".    "O interessante no Mandetta é que foi um diálogo plural que uniu técnica e política. A frente parlamentar da saúde referenda o nome do Mandetta. A AMB, Associação de Médicos Brasileiros, estava presente, o presidente falou. O Conselho Federal de Medicina falou. Foi plural", disse.    "O Mandetta acumula conhecimento técnico, é médico, tem articulação com a classe médica, e também conhece o mundo político e vai poder ajudar muito na agenda de 2019 na saúde para o Brasil", disse Efraim Filho.    Segundo ele, a indicação de mais um integrante do DEM não se deve à filiação ao partido nem se deu por cota partidária. Mandetta é o terceiro ministro do DEM escolhido por Bolsonaro.