MT concentra uma das maiores populações indígenas do país e proposta de fechamento de secretaria federal que cuida da saúde de etnias preocupa tribos

 MT concentra uma das maiores populações indígenas do país e proposta de fechamento de secretaria federal que cuida da saúde de etnias preocupa tribos mandetta
RedaçãoA informação dada, neste final de semana, pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), que a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) não será fechada pelo Governo Federal, conforme chegou a ser cogitado anteriormente, tranquiliza lideranças de etnias que estavam preocupadas com a possibilidade do órgão ser extinto. No caso mato-grossense, que concentra uma das maiores populações indígenas do país, a informação tem impacto positivo, tendo em vista a que a notícia de encerramento das atividades dessa pasta vinculada ao Ministério da Saúde estava causando mal estar junto às tribos.De acordo com Mandetta, a hipótese chegou a ser levantada pelo Ministério da Saúde, que tinha a intenção de fundir a Sesai a uma Secretaria Nacional de Atenção Básica que está sendo criada, entretanto, em conversa com lideranças indígenas sobre o assunto, a ideia foi deixada de lado.“A Sesai se ocupa somente da atenção primária, e o que havia de sugestão era que, como nós estamos criando a Secretaria Nacional de Atenção Básica, que vai trabalhar com os distritos sanitários, muito parecido com os distritos sanitários indígenas, porém, para toda a população, nós queríamos somar. As comunidades indígenas entendem que não, eles querem ter um sistema separado e, por conta de toda a história cultural, de muitas perdas que os índios sempre tiveram, eles pediram que mantivesse e nós vamos manter a Sesai”, afirmou o ministro.Conforme Mandetta, a ideia surgiu devido ao fato que a população indígena hoje está abaixo de 1 milhão de pessoas (818 mil segundo o Ministério da Saúde) e a compra de medicamentos para essa quantidade de pessoas fica mais cara do que se ela for somada ao total de brasileiros.“Nós ganharíamos muito em poder de compra, poder de gestão, em controle. Quando você compra medicamentos com um número X de indígenas é muito mais caro do que quando você comprar para 210 milhões de brasileiros, então ganharíamos agilidade com os programas de saúde”, explicou.   Todavia, segundo especialistas, nada impede que em busca de barateamento de custos de medicamentos e insumos médicos, as compras sejam feitas de forma conjunta e em grande escala para toda a população, incluindo-se, obviamente, os índios entre os beneficiários.  Nessa hipótese, a Sesai seria mantida apenas para prestação de serviços ao contingente de pessoas que a secretaria já tem experiência em atender. A Sesai hoje trabalha com autonomia administrativa, orçamentária e financeira, com responsabilidade sanitária sobre 34 Dseis (Distritos