ROMBO MONUMENTAL: Na CPI do Paletó, Silval Barbosa diz que roubou R$ 1 bilhão, mas não ficou com todo o dinheiro
ROMBO MONUMENTAL: Na CPI do Paletó, Silval Barbosa diz que roubou R$ 1 bilhão, mas não ficou com todo o dinheiro
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24/02/2018 - 06:02
Redação
Durante depoimento na “CPI do Paletó” instalada na Câmara de Vereadores de Cuiabá para apurar envolvimento do prefeito Emanuel Pinheiro flagrado em vídeo recebendo maços de dinheiro em um gabinete do Palácio Paiguás, na gestão passada, o ex-governador Silval Barbosa confessou, nesta sexta-feira (23), ter desviado cerca de R$ 1 bilhão dos cofres públicos, mas que não ficou com o dinheiro todo para ele. Ele disse que dividiu o dinheiro com “muita gente”, nominando vários deputados estaduais que supostamente o extorquiam para garantir apoio parlamentar e aprovar projetos quando Barbosa era governador. No tocante aos números do montante desviados há divergências, pos existem estimativas, nos meios políticos e policiais, que o valor gire em torno de R$ 1,5 bilhão.À época em que o vídeo foi gravado, através de uma “armação” do então chefe de gabinete Sílvio César, montada para levantar provas da extorsão, o hoje prefeito de Cuiabá Emanuel Pinbheiro era deputado estadual e aparece nas filmagens enchendo os bolsos do paletó com maços de dinheiro.No seu depoimento à CPI, Silval disse ter "acabado com a vida dele", por causa de esquemas de corrupção, e que existe pressão para fazer acordos ilícitos.Ele confirmou que, na gestão dele, o governo pagava "mensalinho" aos políticos para que não prejudicassem o andamento das ações. "O mensalinho acontecia e ainda acontece. Passava R$ 50 mil, mais R$ 18 mil, que era verba indenizatória). Aí eles institualizaram o mensalinho quando a verba indenizatoria passou a ser R$ 68 mil", contou.Segundo o ex-governador, que também é ex-deputado e ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), em todas as eleições da Mesa Diretora da Casa de Leis são feitos acordos. "Todas as eleições da Mesa Diretora da Assembleia que eu acompanhei tiveram acordos", frisou."Quando eu vi as CPIs sendo formadas, achei que era pra me blindar, mas foi ao contrário", disse Silval, ao citar a CPI das Obras da Copa, presidida pelo deputado Oscar Bezerra (PSB).Segundo Silval, Oscar Bezerra recebeu R$ 200 mil em propina. "Ele parece moralista, mas ganhou R$ 200 mil na CPI das Obras da Copa", criticou.Ele disse ainda que os deputados Wagner Ramos, Zé Domingos e Silvano Amaral procuraram a família dele para extorquir dinheiro. "Na época, eu só tinha uma prisão decretada. Wagner ganhou R$ 250 mil, Zé Domingos e Silvano, R$ 200 mil cada", afirmou.