Mesmo enfrentando a “vizinhança” de cartéis de drogas, segurança de MT impõe pesadas perdas ao narcotráfico
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30/10/2019 - 21:47
operações
RedaçãoEm que pese estar situado geograficamente em área próxima da Bolívia, mantendo cerca de 700 kms de fronteira com aquele país, que concentra cartéis produtores de cocaína e que, geralmente, fazem do território mato-grossense rota para escoar os entorpecentes para grandes centros consumidores do Brasil e do exterior, ainda assim, Mato Grsso se destaca no cenário nacional pela quantidade expressiva de drogas apreendidas no Estado este ano.Os números apontam que o aparelho estadual de segurança vem desenvolvendo várias operações que impõem pesadas perdas ao nacotráfico transnacional. Quer seja pelo grande volume de drogas apreendidas, como também veículos, armas e outros bens, além de prisões efetuadas – o que caracteriza prejuízo material e humano aos traficantes.Os dados divulgados pela Secretaria Esadual de Segurança Pública (Sesp-MT) revelam que cerca de duas toneladas de drogas foram apreendidas no período de janeiro a setembro deste ano em Mato Grosso. No mesmo período, também foram retiradas de circulação 118 armas de fogo, 551 veículos e efetuadas 725 prisões. Os dados são da Coordenadoria de Planejamento e Monitoramento (Coplam), ligada ao órgão estadual.As ações fazem parte das operações integradas entre as forças de segurança pública do Estado, a exemplo da Polícia Militar (PM), Civil (PJC) e o Corpo de Bombeiros. Segundo a Sesp, foram executados ainda 359 mandados de busca e apreensões, 212 mandados de prisões, internação cautelar e busca temporária e 586 flagrantes delitos. Foram lavrados 378 termos circunstanciados. Ao todo, foram abordados mais de 24 mil pessoas e 11 mil veículos.Para o secretário adjunto de Integração Operacional da Sesp, coronel PM Victor Paulo Fortes, o resultado é positivo. “Esse apoio que intensifica as ações nas regiões fortalece o sistema de Segurança Pública, traz uma imagem positiva para a sociedade, mostrando que as forças realmente estão se unindo para combater a criminalidade e enfrentar a violência”, acredita.Fortes entende ainda que é nítida a percepção deste trabalho conjunto, no qual uma força complementa o serviço da outra. “Em alguns locais, principalmente no interior do estado, nós temos menos recursos, menos efetivo, as forças realmente estão se unindo porque têm a percepção de que sozinhas não vão conseguir dar a resposta necessária. Isso é demonstrado exatamente nos resultados das operações”.Por meio da assessoria de imprensa, a Sesp reforçou ainda que as operações “Integradas” hoje não se limitam apenas às forças que compõem a segurança pública. “Em algumas operações, a Sesp contou com a participação do efetivo de fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT), de órgãos federais como a Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Exército Brasileiro”, frisou.Outras ações contaram também com a participação do Ministério Público e do Juizado Volante Ambiental (Juvam). “A gente observa que há realmente o interesse de vários atores que integram o sistema de Estado, não só do Executivo, para fomentar essa integração. Essa soma de esforços é para prestar um serviço melhor para a sociedade”, conclui o coronel Fortes.