GARGALO FINANCEIRO: Dívida dolarizada de MT com o Banco of América pressiona caixa do Tesouro estadual

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RedaçãoAs parcelas da dívida dolarizada de Mato Grosso com o Bank of América, renegociada na gestão passada, continuam pressionando o caixa do Tesouro estadual. A exemplo do que ocorre agora em março, quando o Governo do Estado está concentrando esforços para pagar a folha salarial e mais uma parcela até a próxima sexta-feira. No entanto, segundo informa o secretário-chefe da Casa Civil, deputado estadual Max Russi, caso o governo não arrecade o suficiente para o pagamento dos dois compromissos, já definiu que a prioridade será  quitar a folha dos servidores.  Uma opção, inclusive, que pode levar o Estado a sofrer sanções caso a parcela da dívida dolarizada atrase. “O pagamento dos servidores públicos tem sido prioridade para o governador, tanto que deu todos os RGAs, cumpriu todas as leis de carreira. Se ele precisar não pagar a dívida de R$ 120 milhões, ou pelo menos atrasar o pagamento da dívida, e pagar a folha, tenho certeza de que ele vai pagar a folha. Tendo dinheiro para pagar as duas, ótimo. Não tendo, a prioridade será a folha de pagamento dos servidores”, garantiu o secretário em entrevista ao Jornal do Meio Dia (TV Vila Real).Diante desse “sufoco” financeiro que vem se prolongando, Russi acredita que o problema só terá um encaminhamento para solucioná-lo, gerando em consequência o equlíbio nas contas públicas, através da aprovação do Fundo de Estabilização Fiscal, que será apresentado ainda nesta semana à Assembleia Legislativa. Na entrevista, o secretário descartou que o projeto irá criar um novo imposto para a classe produtora. Segundo ele, o fundo vai impactar apenas nas grandes empresas, principalmente aquelas que recebem incentivos fiscais. “Não é aumento de imposto. É uma diminuição no percentual, de 10%, 15% de incentivos que existe para fazermos esse enfrentamento e concluirmos o ano com os compromissos em dias”, explicou. Max Russi disse que, para resolver o aperto financeiro, não existe nenhum outro Plano B. “Se não passar (referindo-se ao fundo), teremos uma dificuldade muito grande com as contas públicas do Estado, quem mais sofrerá com isso é a saúde pública. Tenho certeza de que os deputados entenderão a necessidade, pois eles mesmo estão cobrando ações do Governo para a área da saúde”, confia.