- Home Page
- Cidades
- Golpistas que vendem panelas falsificadas passaram dando o “malho” em Cuiabá e foram presos no MS
Golpistas que vendem panelas falsificadas passaram dando o “malho” em Cuiabá e foram presos no MS
|
18/05/2020 - 11:15
panelas
Redação
Usando os mesmos argumentos aplicados nos golpes em Campo Grande (MS), uma mulher atraente, tipo “balzaquiana”, esbelta, aparentando entre 30 e 35 anos, bem falante, oferecia jogos de panelas de suposto aço cirúrgico, na segunda-feira passada, no pátio de um posto de gasolina, na avenida do CPA (Rubens de Mendonça), em Cuiabá, onde estava estacionado um automóvel com os bancos traseiros e o porta-malas carregados de panelas.
Aos clientes que paravam, para abastecer seus veículos ou que se dirigiam à conveniência do estabelecimento, a mulher se aproximava dizendo que tinha vindo para Cuiabá para participar de uma “exposição no shopping Pantanal, que havia sido cancelada em função da pandemia, e por isso estava liquidando estoque de panelas, pois precisava voltar para casa”.
Chama a atenção que o mesmo argumento da “exposição” não realizada estava sendo usado, neste domingo (17), na Capital do Mato Grosso do Sul. Lá, além da mulher que foi vista em Cuiabá, foram presos mais sete pessoas e apreendidos oito veículos do grupo, lotados de panelas.Em tempo: esse tipo de golpe é chamado de “malho”, por se caracterizar pela venda de um produto cuja qualidade e preço real não correspondem ao que o vendedor está ofertando. De qualquer forma, é uma modalidade de estelionato.
Feita a explicação, compare os casos e veja a semelhança, lendo matéria estampada hoje (18) pelo site Campograndense, daquela cidade.
Leia, na íntegra, a reportagem do site sul-mato-grossense:
Depois de aplicarem golpes em vítimas que ainda são contabilizadas pela polícia, cerca de 20 integrantes da “Quadrilha da Panela” lotam a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro neste domingo (17). Eles já eram investigados por vender panelas de baixa qualidade como itens alemães, vendidos em euros, alegando "precinho camarada" que chegava a R$ 1,5 mil em 12 parcelas.
Até as crianças foram parar na delegacia junto com os pais e mães. O grupo enganava as vítimas contando que iria expor os produtos em uma feira na cidade, que havia sido cancelada em razão do coronavírus. Dessa forma, os golpistas convenciam as vítimas a não perderem a "oportunidade única" de adquirir produto "vendido por mais de 900 euros".
PUBLICIDADE
E não é só a panela que eles diziam ser estrangeira. Alguns falavam até serem “alemães”, caso de uma das mulheres que aplicava os golpes. Para levar os produtos, oito veículos eram utilizados pela quadrilha de estelionatários, inclusive, carros bem acima do preço popular, como Jeep Renegade.
Eles escolhiam as vítimas nas portas dos supermercados.
Flagrante - A quadrilha foi detida em flagrante, aplicando mais um golpe nesta tarde, em supermercado da região central. A polícia acredita que eles percorreram muitos comércios na cidade. O jogo varia de 18 a 19 panelas. Todos os veículos apreendidos estavam lotados com mercadorias, incluindo uma caminhonete.
O pagamento das panelas era dividido no cartão de crédito porque até maquininhas eles levavam de prontidão, e dividiam em “suaves” 12 parcelas, que podem variar de R$ 350 a R$ 150.
Por coincidência, uma das vítimas foi registrar boletim nesta tarde e topou com o grupo detido. Sarah Nogueira, 20, é estudante, está noiva e ontem a noite foi vítima do golpe. Uma mulher e mais três comparsas estavam em um dos veículos carregados de mercadoria e se aproximaram dela quando entrava em um mercado.
A jovem cita uso de “boa conversa” e que a mulher até batia na panela para provar que o material era bom. O problema é que a amostra era diferente do jogo vendido. “Ela disse que tinha descendência alemã, que ia ter uma feira que foi cancelada por conta da covid-19”, contou ela.
A jovem ainda disse que para atrair ainda mais para a oferta, a mulher citou que o jogo em questão era vendido por mais de 900 euros “e afirmava que estava vendendo bem mais barato”.
Até faqueiro – Segundo a jovem, a vendedora queria que ela levasse também um faqueiro, sempre a exaltar a extrema qualidade do produto. Primeiro, ofereceu vender o jogo de panelas em 12 vezes de R$ 280, mas acabou se contentando com parcelas de R$ 150.
A jovem foi até buscar o CNPJ da empresa que no cartão estava identificada como “Deus é fiel”, e no lugar o que apareceu foi uma empresa de transportes. “Falou que a primeira parcela era só em novembro”, contou ela. “Em 10 minutos foram embora”, disse ela que contou ter saído do mercado e já não ter encontrado mais ninguém.