Redação As pastagens e grandes lavouras situadas em Mato Grosso estão livres de ser atingidas pela nuvem de gafanhotos que migra rumo ao Brasil, vinda do Sul, se por ventura a praga adentrar território nacional em direção às regiões de agropecuária intensiva do Centro-Oeste brasileiro. Para chegar às terras mato-grossenses, na rota dos gafanhotos existe uma barreira natural formada pelo bioma pantaneiro que abrange o Estado, além de Mato Grosso do Sul e parcelas menores de áreas em territórios do Paraguai e da Bolívia. A região alagadiça em sua maior parte, na realidade, é um bioma singular, o maior do mundo do gênero, com cerca de 250 mil quilômetros quadrados de extensão. Formando uma imensa planície baixa situada no sul de Mato Grosso e no noroeste de Mato Grosso do Sul, e de partes do norte do Paraguai e do leste da Bolívia (onde é chamado de chaco boliviano). O Pantanal é considerado a maior planície alagada contínua do mundo, com 140.000 km² em território brasileiro e é habitat de uma vasta população de aves, predadoras naturais de insetos. Essa barreira culmina por “blindar” as lavouras e demais áreas verdes de Mato Grosso, como pastagens, de investidas de nuvens de gafanhotos. Dessa praga, Mato Grosso está livre, pois é protegido pelo Pantanal – uma razão a mais para se defender esse ecossistema, que sofre agressões contínuas e corre risco de sucumbir dentro de cinco décadas, caso não seja contida a poluição e assoreamento de suas águas.