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Puxado por MT, que registra aumento de 400%, Centro-Oeste fecha junho onde a Covid mais se agravou no país
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30/06/2020 - 22:14
pessoas
Redação com informações do Uol
O Centro-Oeste fecha junho como a região em que a epidemia de covid-19 mais se agravou no país. Desde 8 de junho — quando o consórcio de imprensa de que o UOL faz parte começou a levantar os dados —, até hoje, o número de óbitos mais do que triplicou na região e saltou de 547 para 1783 até esta terça-feira (30).
Segundo o levantamento, que leva em consideração os boletins das secretarias estaduais de saúde, foram registradas até hoje, em todo o país, 59.656 mortes em decorrência da covid-19. Do total, 1.271 foram confirmadas nas últimas 24 horas.
O número é levemente superior ao informado no final da tarde pelo Ministério da Saúde, que contabiliza 59.594 mortes no total, 1.280 delas confirmadas entre ontem e hoje.
De acordo com os dados da pasta, mais da metade das mortes por coronavírus registradas no país aconteceram em junho. Das 59.594 vítimas da covid-19 até hoje, 30.280 tiveram óbito confirmado neste mês.
O consórcio ainda apontou que 1.408.485 pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus, com 37.997 casos incluídos hoje no levantamento. Por outro lado, o governo federal somou 33.846 novos e soma 1.402.041 já infectados. Desse total, ainda segundo a pasta, 552.407 estão em acompanhamento e 790.040 já se recuperaram.
A pandemia nos estados
O crescimento na região Centro-Oeste é impulsionado em grande parte pelas curvas observadas em Mato Grosso. Com um total de 629 vítimas, o estado aumentou em quase 400% o número de mortes nesse período. Os óbitos em Mato Grosso do Sul, que hoje somaram 76, cresceram 245,45% e em Goiás, que chegou nesta terça a 491 casos fatais, 183,82%.
Os números confirmam tendência de interiorização da epidemia no Brasil. Em todo o país, o número total de mortes cresceu 59,88% desde 8 de junho. O aumento no Nordeste foi de 64,05%; no Norte de 34,87%; e no Sudeste, 59,44%.
No Sul, que depois do Centro-Oeste é onde os números da covid-19 mais avançam, as vítimas aumentaram 123,77% nesse período.
Já no Sudeste, região até o momento que registrou o maior número de óbitos, a curva de mortes dá sinais de desaceleração em São Paulo. De acordo com o secretário-executivo do Centro de Contingência ao Coronavírus, João Gabbardo, os dados de junho devem ficar abaixo da previsão feita para o fim do mês.
A secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, destacou que São Paulo apresentou uma queda de 5% no número de mortes na comparação dos últimos sete dias com os sete dias anteriores. A queda também foi verificada nas internações, que diminuíram 2%.
Hoje, Paraná e Santa Catarina bateram recorde de número de novas mortes — foram, respectivamente, 36 e 17 vítimas contabilizadas nas últimas 24h.
Com a divulgação de resultados de exames represados ao longo do fim do semana às terças-feiras, os números costumam ser maiores hoje do que a média dos outros dias. A Paraíba, com 46 óbitos desde ontem, também registrou seu maior número de novas mortes desde o início da pandemia.
Veículos se unem em prol da informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa e assim buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
Errata: o texto foi atualizado
O texto original continha a informação errada, que foi replicada pela home do UOL, que o mês de junho contou com 30.218 mortes. Segundo os dados do Ministério da Saúde, o número correto é 30.280. A informação foi corrigida.
DADOS APENAS DE MATO GROSSO
MT bate mais um recorde: 39 mortes pelo vírus em 24 horas
No espaço de 24 horas, Mato Grosso registrou 39 mortes, com mais um recorde de óbitos provocados pela Covid-19.
As mortes mais recentes envolveram pessoas que moravam em Cuiabá, Alta Floresta, Matupá, Juína, Cáceres, Várzea Grande, Rondonópolis, Nova Mutum, Barra do Garças, Tangará da Serra e Jaciara.
A Secretaria de Estado de Saúde notificou, até a tarde desta terça-feira (30), 16.304 casos confirmados da doença.
Nas últimas 24 horas, surgiram 979 novas confirmações do vírus no Estado.
A área técnica ainda esclareceu que foram corrigidas três ocorrências de duplicidade no sistema.
Além disso, um caso anteriormente notificado em Sorriso foi reposicionado para Sinop, município de residência do paciente.
No total, o Estado tem 629 óbitos em decorrência do coronavírus.
Dentre os 20 municípios com maior número de casos de Covid-19, estão Cuiabá (3.964), Várzea Grande (1.322), Rondonópolis (1.215), Sorriso (689), Primavera do Leste (636), Tangará da Serra (599), Lucas do Rio Verde (541), Nova Mutum (454), Sinop (413), Pontes e Lacerda (378), Campo Verde (339), Confresa (313), Cáceres (277), Barra do Garças (209), Campo Novo do Parecis (207), Colíder (206), Querência (201), Sapezal (175), Alta Floresta (158) e Alta Floresta (158).
Dos 16.304 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso, 9.189 estão em isolamento domiciliar e 5.891 estão recuperados.
Entre casos confirmados, suspeitos e descartados para a Covid-19, há 222 internações em UTI e 278 em enfermaria.
Isto é, a taxa de ocupação está em 92,5% para UTIs e em 40,8% para enfermarias.
Considerando o número total de casos em Mato Grosso, 51% dos diagnosticados são do sexo feminino e 49% masculino.
Além disso, 4.396 pacientes têm faixa etária entre 31 e 40 anos.
Um total de 19.109 amostras já foram avaliadas pelo Laboratório Central do Estado (Lacen-MT) e, atualmente, restam 1.420 amostras em análise laboratorial.