Além do presidente e Mauro Mendes, a covid-19 atingiu quase 30% dos governadores
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08/07/2020 - 10:33
Redação
Além do presidente Jair Bolsonaro, que foi diagnosticado com a covid-19 na última terça-feira, 7, e o governador Mauro Mendes, que já se recuperou, pelo menos 12 altos integrantes dos três Poderes já tiveram a doença.
Nos executivos estaduais, quase 30% dos governadores do País foram contaminados,veja a lista: Carlos Moisés (PSL), de Santa Catarina, Mauro Mendes (DEM), de Mato Grosso, Helder Barbalho (MDB), do Pará, Renan Filho (MDB), de Alagoas, Paulo Câmara (PSB), de Pernambuco, Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo, e Antonio Denarium (PSL), de Roraima. O caso mais recente é o de Santa Catarina, que fez o anúncio no dia 1° de julho.
Na lista de infectados há ainda os prefeitos de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), e Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), além do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Apontando que o vírus não escolhe entre detentores do poder político de vários níveis, ou pessoas comuns sem mandatos ou cargos, a doença se espraia por assembleias legislativas, câmaras de vereadores, prefeituras e secretarias estaduais e municipais, entre outos órgãos.
No caso específico do Legislativo estadual mato-grossense, seis deputados foram infectados pelo Coronavírus. São eles: Max Russi (PSB), Wilson Santos (PSDB), Valmir Moretto (PRB), Paulo Araújo (PP), Thiago Silva (MDB) e Allan Kardec (PDT), licenciado por estar ocupando cargo de secretário de Cultura.
Ainda do alto escalão da representação política de Mato Grosso, o senador Carlos Fávaro (PSD), também foi acometido pelo vírus.
No plano federal, não escaparam do vírus os ministros Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Bento Albuquerque, de Minas e Energia. Eles foram os únicos ministros do governo acometidos pela covid-19 até agora.
No entanto, depois do diagnóstico de Bolsonaro, ao menos 13 ministros que se encontraram com ele recentemente também fizeram exames.
Tanto Heleno como Albuquerque foram infectados na comitiva de Bolsonaro aos Estados Unidos em março deste ano. Com direito a jantar no sul da Flórida na presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a viagem deixou mais de 20 pessoas infectadas, incluindo o secretário de comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, com quem Bolsonaro teve contato.
Antes de divulgar o teste positivo nesta terça, o mandatário chegou a realizar três testes, mas afirmou que todos deram negativos. O presidente decidiu repetir o exame na última segunda após ter febre de 38ºC.
Do grupo de risco pela idade - de 65 anos -, Bolsonaro tem usado a doença para fazer 'propaganda' da hidroxicloroquina, medicamento que ele diz já estar tomando, mas que não tem comprovação de eficácia para o coronavírus.
No Senado, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre, e o parlamentar Nelsinho Trad já tiveram a doença. Trad esteve na comitiva com Bolsonaro na viagem aos EUA e chegou a ficar internado no Hospital Sírio Libanês de Brasília.