MT e mais 8 Estados têm áreas de matas entre as mais protegidas do mundo
MT e mais 8 Estados têm áreas de matas entre as mais protegidas do mundo
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21/07/2020 - 10:28
verde
Por Mário Marques de Almeida
Áreas localizadas ao Norte de Cuiabá e de mais oito Estados brasileiros, que pertencem à chamada Amazônia Legal estão entre as mais protegidas do mundo, por terem cerca de 85% de seu território sem sofrer devastação. Porém, não significa que a fiscalização sobre as mesmas sejam afrouxadas e seus órgãos executores, alvos de desmonte, como vinha ocorrendo.
Com isso, inclusive, o Brasil sai ganhando por manter árvores em pé Trata-se de um ativo dos mais valiosos do planeta e, como tal, é importante salientar, também atrai a cobiça de muitas potências estrangeiras.
A opinião sobre a preservação existente é de militares e até de políticos de esquerda, como o ex-ministro da Defesa, Aldo Rebello, para os quais existiria uma orquestração internacional, com propósitos econômicos de disputa pela hegemonia no mercado de produção de alimentos – setor em que o Brasil é imbatível, graças à fertilidade de seu solo e grandes extensões de terras planas favoráveis à agricultura e pecuária em alta escala.
Por trás dessa escalada de querer inserir o Brasil como “vilão da destruição ambiental”, esconder-se-iam objetivos para inviabilizar essa produção, por temerem a concorrência.
O tema é apaixonante, com vozes e grupos de pressão de ambos os lados, em cujo contexto é de se prever que não faltam pessoas bem intencionadas e desejam mesmo defender a flora e a fauna do bioma amazônico, mas existem também aquelas outras que fazem da militância ambientalista um negócio lucrativo para defender produtores agrícolas dos Estados Unidos e da Europa, em detrimento de quem produz em terras mato-grossenses e brasileiras.
Nesse universo complexo de interesses, ao jornalismo crítico e independente compete o papel de entender que a exploração dos recursos naturais é um imperativo da sobrevivência da vida e dos seres, que dependem de alimentos, mas também da qualidade do ar que se respira. E que, por sua vez, depende da diminuição do dióxido de carbono lançado na atmosfera, gaz nocivo que não é produzido apenas pelas queimadas, mas em quantidade bem maior por outros fatores, como o consumo de combustíveis fósseis, mais ligados às nações ricas e desenvolvidas – as que mais questionam o Brasil no quesito ambiental.
Parece óbvio e é, que esses insumos fundamentais (os alimentos) precisam ser extraídos da natureza.
Diante do dilema, o ideal é a defesa da exploração, seja econômica ou de subsistência, do meio ambiente de forma sustentável. Consorciando as ferramentas de tecnologia e da ciência agronômica para ganhos em produtividade.
Parece até uma questão boba bater nessa tecla, mas se faz necessário porque não existe outra forma de produzir o “arroz com feijão nosso de cada dia”, as proteínas animal e vegetal, mantendo as terras intocadas.
Parodiando, velho e conhecido ditado popular: para se fazer uma boa gemada é inevitável quebrar alguns ovos.