“ENTRE MORTOS E FERIDOS, TODOS SE SALVAM”: PSD deverá entregar poucos cargos a Pedro Taques
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22/03/2018 - 11:59
RedaçãoEm reunião que varou a noite de ontem para esta quinta-feira (22), predominou a força e o peso político dos deputados estaduais do PSD, que defendem a permanência de indicados deles no Governo do Estado e o apoio à reeleição do governador Pedro Taques em outubro próximo.No debate, o partido definiu, em votação, que irá entregar os cargos que mantém na gestão estadual, mas, no entanto, se trata de uma decisão praticamente inócua ou de pouco efeito práticoIsto porque, a grande maioria dos cargos do PSD são indicados políticos dos quatro parlamentares da legenda e esses “afilhados” estão, de acordo com a decisão, desobrigados de deixar seus postos .
Ocorre que a decisão do partido definiu que apenas as indicações – a minoria, álias, dos ocupantes de cargos de confiança na cota do partido - terão que entregar seus cargos
Os deputados Nininho, Gilmar Fabris, Wagner Ramos e Pedro Satelite comandaram o embate contra a ala liderada por Neurilan Fraga e um grupo de prefeitos do partido que desejam ver o PSD fora do governo e, de preferência, na visão destes, apoiando um outro projeto. Outra decisão tomada durante a reunião foi a de que o vice-governador Carlos Fávaro, presidente da Executva estadual do PSD, está autorizado a conversar com todos os partidos para construir um projeto de candidatura própria para as eleições de outubro próximo. A deliberação, no entanto, não exclui o próprio PSDB dessas conversações.Apesar da decisão de pular fora do Governo, o vice-governador Carlos Fávaro nega que o PSD esteja na oposição. Ele define a postura partidária como uma "independência" em relação a atual gestão. "Foi deliberado que o PSD terá independência para construir um bom projeto para Mato Grosso e para o PSD", disse o vice-governador.De acordo com a deliberação do PSD, que resta saber se vai ser cumprida à risca, o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação Domingos Sávio, o presidente da Empaer Layr Mota, e o presidente da Ager Eduardo Moura colocarão seus cargos à disposição do chefe do Executivo. Segundo analistas políticos, é bastante improvável de acontecer essa decisão de desambarque dos cargos, tendo em vista que existe um “racha” visível no partido entre os que defendem a permanência com Taques e o grupo que advoga a saída da administração do tucano. Outra medida difícil de ser executada ao pé da letra, é a de que os indicados de segundo e terceiro escalões também deverão ser exonerados, com exceção da cota dos deputados estaduais.O vice-governador ainda afirmou que os deputados tem total liberdade para seguir apoiando os projetos do Governo na Assembleia Legislativa. Inclusive, os cargos indicados pelos deputados não serão colocados a disposição do Governo. "Apenas aqueles destinados ao PSD vamos entregar ao Governo", garantiu.