MATO GROSSO CONTRA O CRIME: “Não mandamos flores para bandidos”, afirma Pedro Taques
MATO GROSSO CONTRA O CRIME: “Não mandamos flores para bandidos”, afirma Pedro Taques
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31/03/2018 - 05:25
Redação“Mato Grosso não manda flores para bandidos de facções”, alertou o governador Pedro Taques, durante entrevista à rádio Capital, quinta-feira (29).Traduzindo: o recado é no sentido que as forças de segurança do Estado não vão permitir que a bandidagem organizada em comandos, instalados fora ou dentro de presídios se enraízem no Estado, a exemplo do que ocorre em outras regiões do país, onde o crime organizado se tornou uma mazela endêmica.Durante a entrevista, Taques elogiou o trabalho das secretarias de Segurança Pública (Sesp) e Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) no combate as organizações criminosas.“As secretarias de Segurança e de Justiça e Direitos Humanos estão fazendo um trabalho belíssimo para que as facções não se adonem do Estado de Mato Grosso. Na nossa administração, estamos trabalhando muito, não vamos dar flores para facções criminosas", garantiu.Com efeito, o Estado tem feito um trabalho de repressão a integrantes dessas facções, como prioridade que o governo estadual vem dando a segurança pública como um todo. Na quarta-feira, por exemplo, foi deflagrada a Operação Panóptico Integrado, com o objetivo cumprir mandados contra integrantes de organizações criminosas em cinco bairros de Cuiabá.Também foram realizadas duas transferências de presos da Penitenciária Central do Estado para outras unidades, mais de 200 detentos foram retirados da unidade. A remoção dos reeducandos ocorreu após investigações da Polícia Civil terem identificado que os ataques aos agentes prisionais, verificado na semana passada, foram ordenados por presos da PCE. Os ataques seriam motivados por ações das forças de segurança no combate ao crime organizado dentro e fora das unidades prisionais.O governador informou ainda que em agosto, será inaugurado uma unidade prisional em Várzea Grande com capacidade para 1.100 presos, além de outra em Peixoto de Azevedo. “Com isso, a superlotação das unidades prisionais vai diminuir e a média de presos para cada agente penitenciário cairá”, disse.De acordo com governador, após a inauguração dos estabelecimentos, 166 agentes deverão ser chamados de imediato. Um cronograma será estabelecido. O chamamento deve iniciar em abril.“Daí, Mato Grosso terá um índice de presos por sistema, por agente, muito melhor do que o restante do Brasil, o que para nós é muito bom", disse.AtentadosNo dia 23 a sede do sindicato dos agentes penitenciários e a casa de um agente foram alvos de atentados. Nesta semana a diretora do presídio Ana Maria do Couto May sofreu uma tentativa de seqüestro. Os atentados são uma represália dos criminosos à morte de Jesuíno Cândido da Cruz Júnior morto durante um motim na PCE.Os reeducandos também pedem a retirada do diretor do presídio. Segundo os presos, eles estariam sendo vítimas de torturas e até mortes por espancamentos. Após o motim e a morte de Jesuíno, áudios começaram a circular nas redes sociais com o chamado “Salve Geral”. A ordem dos criminosos é matar os agentes. O trabalho de inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) vem identificando autores dos áudios com os “salves” e autuando mandantes e executores de atentados.