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BIOMA EM DEVASTAÇÃO: De acordo Imazon, desmatamento atingiu 145 km2 da Amazônia em um mês em MT
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24/10/2020 - 18:43
Em setembro passado, segundo o Imazon, foram detectados 1.218 quilômetros quadrados de desflorestamento na Amazônia.
No ranking do desmatamento na Amazônia Legal, Mato Grosso ocupou a terceira posição com 145 quilômetros quadrados derrubados em setembro passado.
Os dados são do Imazon, instituto brasileiro de pesquisa voltado para a conservação e desenvolvimento sustentável da floresta amazônica, que também vem sendo destruída pelas queimadas.
Somente neste ano, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), houve um aumento de 26% dos focos de calor na região.
Devastação negada pelo presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido). Tanto que nesta última quinta-feira (22), Bolsonaro disse que convidará diplomatas estrangeiros para sobrevoar a floresta amazônica.
Segundo o presidente, eles não verão "nada queimando ou sequer um hectare de selva devastada".
"Estamos ultimando uma viagem Manaus-Boa Vista, onde convidaremos diplomatas de outros países para mostrar naquela curta viagem de uma hora e meia, que não verão em nossa floresta amazônica nada queimando ou sequer um hectare de selva devastada", afirmou.
A declaração foi dada, no Palácio do Itamaraty, durante cerimônia de formatura de novos diplomatas do Instituto Rio Branco.
Contudo, de acordo com os dados do Imazon, em setembro de 2020, foram detectados 1.218 quilômetros quadrados de desflorestamento na Amazônia, um aumento de 52% em relação a setembro de 2019, quando o desmatamento somou 803 quilômetros quadrados.
O Pará foi o responsável por mais da metade (51%) de todo o desmatamento no mês. É a sexta vez consecutiva que o estado encabeça o ranking dos que mais derrubaram árvores na Amazônia. Após, o Amazonas (13%), seguido de Mato Grosso (12%), Rondônia (12%), Acre (7%), Maranhão (3%) e Roraima (2%).
No Estado, a área derrubada atingiu 145 quilômetros quadrados no mês passado contra 80 km2, no mesmo período de 2019, o que representa um aumento de 81%.
Já entre agosto e setembro de 2020 também houve um incremento de 44% do desmatamento no território mato-grossense, que apresentou um salto de 189km2 para 273km2, no mesmo intervalo de tempo do ano passado.
As terras indígenas (TI) Piripkura (entre os municípios de Colniza e Rondolândia, a 1.065 e 1.600 km de Cuiabá) e Marãiwatsédé (em Alto Boa Vista, a 1.109 quilômetros da Capital), são as que mais desmataram, no Estado. Dos dez municípios que mais derrubaram a floresta, oito são paraenses, sendo que Altamira, no sudoeste do estado, aparece em primeiro lugar.
Já as florestas degradadas na região somaram 3.048 quilômetros quadrados em setembro de 2020, o que representa um aumento de 147% em relação a setembro de 2019, quando a degradação detectada foi de 1.233 quilômetros quadrados.
Em setembro de 2020, a degradação foi detectada no Mato Grosso (78%), Pará (15%), Tocantins (3%), Amazonas (2%), Rondônia (1%) e Roraima (1%).
QUEIMADAS – Neste ano, as queimadas na Amazônia já ultrapassaram o total registrado de janeiro a dezembro do ano passado.
Até sexta-feira (23) pela manhã, eram 89.604 focos de calor detectados pelos satélites monitorados pelo Inpe contra 70.989, no mesmo espaço de tempo em 2019, o que corresponde a um aumento de 26%.
Do total de 196.566 pontos de incêndios registrados ao longo de 2020 no país, Mato Grosso responde por 44.657, ou seja, 55% a mais que em 2019 (28.709).