FORÇA DO GOVERNADOR: Deputados estaduais que defendem apoio à reeleição de Pedro Taques deixam PSD, "desorientam" oposição e implodem base parlamentar da legenda
FORÇA DO GOVERNADOR: Deputados estaduais que defendem apoio à reeleição de Pedro Taques deixam PSD, "desorientam" oposição e implodem base parlamentar da legenda
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04/04/2018 - 20:40
FÓRUM45
RedaçãoContrariados com a decisão do PSD de abandonar a base de apoio político do governador Pedro Taques (PSDB), quatro dos cinco deputados estaduais do partido decidiram, em reunião na tarde desta quarta-feira (4), sair em bloco da legenda.A debandada pessedista está sendo vista, nos meios políticos, como a mais nova demonstração explícita de força política do governador, cujo projeto de disputar mais um mandato no comando do Palácio Paiaguás vem ganhando força e cresce, diante de uma oposição que, se já era desarticulada, começa a se desorientar com ações do governador e seus operadores políticos no sentido de dar densidade eleitoral ao projeto do PSDB e novos aliados.Descontentes com o novo rumo do PSD, que definiu sair da base de Taques para ficar “independente” na busca de compor nova coligação com vistas as eleições deste ano, os deputados aproveitaram “janela” aberta pela legislação eleitoral e que permite aos parlamentares mudarem de sigla sem sofrer o risco de perda de mandato por infidelidade partidária, e anunciaram o desligamento da sigla. Mas não anunciaram se, também em bloco ou cada um por si, em qual partido vão se filiar. Segundo fontes do Página Única, além do próprio PSDB de Taques, legendas como o PPS, PSB, PRB, Prós e Solidariedade, que devem marchar com o projeto que visa reeleger o governador, estariam entre as alternativas e opções do grupo que ora “esvazia” a base parlamentar do PDS na Assembleia Legislativa.Deixam o PSD os deputados Gilmar Fabris, Ondanir Bortolini (Nininho), Pedro Satélite e Wagner Ramos.O rompimento do partido foi oficializado há dois dias, quando o vice-governador Carlos Fávaro, presidente da Executiva regional do PSD, entregou uma carta a Taques em que afirma que seu partido iria articular um projeto político e alianças para as eleições de outubro deste ano.Apesar disso, na carta, Fávaro diz que o PSD continuará aliado do governo na Assembleia Legislativa. No entanto, os deputados dissidentes entendem que, além de “aliados”, pretendem continuar na base governista e que não dá para conciliar a permanência na sigla, se não há a intenção de manter o apoio ao projeto reeleitoral de Taques.Com a saída dos quatro deputados, apenas Zé Domingos vai representar o PSD na Assembleia Legislativa. Os parlamentares que deixaram o PSD agora “correm contra o tempo” para agilizar os entendimentos quanto a seus futuros políticos, pois têm apenas três dias, ou seja, com prazo até o próximo dia 7, conforme determina a legislação eleitoral, para se filiar a um partido caso queiram concorrer a cargos eletivos no pleito de 2018.