RedaçãoFim do imbróglio!  Após muita especulação sobre qual agremiação partidária iria se filiar, além do recebimento de convites para ingressar em legendas, a juíza aposentada Selma Rosane Arruda assinou sua ficha de filiação ao PSL durante uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (5), em Cuiabá. A sigla é comandada nacionalmente por Jair Bolsonaro, pré-candidato à Presidência da República. Ele já chegou a ser acusado de machista e homofóbico, devido a seus posicionamentos, embora agora vista novas roupagens consideradas “politicamente corretas”. Ideias que, no entanto, a juíza aposentada, quando questionada por jornalistas, disse não apoiar.O PSL é visto no cenário partidário brasileiro como um grupamento de extrema-direita, defensor de propostas conservadoras no âmbito dos comportamentos sociais, entre os quais as opções sexuais das pessoas. “Não me filiei ao Bolsonaro e sim ao PSL. Minhas ideias são minhas e vou sustentá-las. Se não forem as mesmas que a do presidente da República, paciência... Estamos em uma democracia”, disse. A partir de agora, Selma passa a trabalhar uma pré-candidatura ao Senado.  Antes disso, nos últimos dias, chegou a ter seu nome cogitado como uma possível candidata a vice na chapa encabeçada pelo governador Pedro Taques (PSDB) ou uma candidatura à Assembleia Legislativa. Na entrevista, ela confirmou ter sido convidada a se filiar no PPS, por Marco Marrafon. Também o PSB estendeu o convite, através de Max Russi, novo dirigente do partido no Estado.  PPS e PSB fazem parte do grupo de aliados do governador Pedro Taques.No entanto, ela descarta a possibilidade de numa eventual  coligação de seu partido com outras forças vir a ser indicada vice, seja de Taques ou qualquer outro candidato. Também refugou vir a ser candidata a governadora, reafirmando que seu projeto é o Senado, sem descartar, todavia, a hipótese de uma candidatura a deputada estadual.Ela afirmou ainda que sua opção pelo PSL seria pelo fato que a sigla defende o liberalismo econômico e a redução do tamanho do Estado – fatores que, segundo ela, cobtribuiriam para reduzir a corrupção na esfera pública.Quanto ao combate à corrupção, ela disse ter sido frustrada em suas decisões judiciais na condenação de corruptos confessos, porque as penas foram abrandadas em função de amarrações legais impostas por leis que ela tinha que cumprir quando estava no exercício da magistratura.