BATENDO DE FRENTE COM FÁVARO: Mesmo diante da suposta ameaça de expulsão, deputados dissidentes do PSD decidem permanecer na legenda e reiteram apoio a Taques

BATENDO DE FRENTE COM FÁVARO: Mesmo diante da suposta ameaça de expulsão, deputados dissidentes do PSD  decidem permanecer na legenda e reiteram apoio a Taques ASSEMBLEIA
Redação       Os quatro deputados estaduais do PSD que anunciaram anteontem (4), que se desfiliariam do partido, voltaram atrás na decisão e resolveram ficar na legenda. Eles apoiam o governador Pedro Taques em seu projeto de reeleição e querem permanecer na base do tucano.Os parlamentares insistem na sustentação política e eleitoral do líder do PSDB, mesmo que isso represente um “racha” no PSD em função de estarem discordando da posição do presidente da executiva da sigla, Carlos Fávaro e da maioria do diretório regional de romper com o governador Pedro Taques.Para aprofundar a crise interna na legenda, eis que agora surge a renúncia ao mandato pelo vice-governador Carlos Fávaro (PSD). O fato potencializou a divisão no Partido Social Democrático (PSD). Quatro dos cinco deputados estaduais da legenda anunciaram nesta quinta-feira (05) que continuam na sigla, mas reafirmaram apoio ao projeto de reeleição do gernador Pedro Taques.Os deputados estaduais Wagner Ramos, Gilmar Fabris, Ondanir Bortolini, o Nininho, e Pedro Satelite pretendiam deixar a legenda por conta da decisão do PSD em se manter independente à gestão tucana, principalmente no que tange as articulações políticas envolvendo o pleito de outubro deste ano.Os parlamentares afirmaram ontem que continuam no partido devido ao apelo de suas bases, e também levaram em consideração os planos da legenda em fazer um chapão para a disputa de deputado estadual e federal.“Conversamos com Roberto Dorner, que é candidato a deputado federal do partido, e com os prefeitos das nossas bases e eles nos pediram para que ficássemos no partido para fortalecer a legenda para formação de um chapão”, justificou o deputado estadual Gilmar Fabris, líder da bancada do PSD na Assembleia Legislativa.Apesar disso, o social democrata garante que os parlamentares não irão deixar a base governista. “Decidimos também que vamos continuar dando apoio à governabilidade e também ao seu projeto de reeleição. Esse é o nosso caminho”, completou Frabris.Para o deputado estadual Pedro Satélite, até mesmo o governador pode lucrar com a permanência dos parlamentares na legenda. “Entendemos que é melhor para todos continuar no partido, inclusive para Pedro Taques, porque é mais um partido que está e poderá estar no arco de aliança. Há os líderes e os liderados. E se você não tem liderança nenhuma, não pode nem ser candidato. Nós temos um convívio muito bom com lideranças e vários prefeitos nos apoiam. E eu, com certeza, vou ter influência para convencê-los, de maneira democrática, que é mais importante acompanhar o processo da reeleição do governador”, acrescentou.Fabris ainda reforçou o discurso de Satélite afirmando que 20 dos 27 prefeitos do partido estão trabalhando em prol da permanência da aliança com Taques na eleição de 2018.“Taques tem o apoio dos deputados que estão aqui. Vamos reconstruir esta aliança. Já disse e repito: os quatro deputados aqui têm 20 prefeitos por trás, vários vereadores, militantes, e todos vão estar com o Pedro para construir sua reeleição”, afirmou.A postura dos parlamentares, entretanto, gerou reação de Fávaro. Por meio de nota, o vice-governador garantiu que o PSD não irá voltar atrás da sua decisão de se tornar independente.“A decisão partidária foi tomada pela maioria em reunião no dia 21 de março em sua sede em Cuiabá, inclusive com a participação desses deputados. O PSD esclarece que a decisão é irreversível. Os caminhos da legenda são e serão trilhados ouvindo a maioria. Não podemos confundir democracia com baderna”, disse.Fávaro ainda frisou que o partido não irá “permitir que uma minoria queira prevalecer suas ideias no grito”. “Quem não estiver satisfeito com esse modelo, que não aceita o que a maioria quer, deve buscar outra agremiação partidária”, finalizou.Nos bastidores, entretanto, a conversa é que o vice-governador não estaria descartando a possibilidade de expulsão dos parlamentares.