Redação Os seguidos relatos sobre ataques de piranhas no Lago de Manso, em Chapada dos Guimarães (67 km ao norte de Cuiabá), levaram o presidente da Assembleia Legislativa (AL), Eduardo Botelho (DEM), a convocar, nesta terça-feira (16), a diretoria de Furnas - responsável pela hidrelétrica na região -, para prestar esclarecimentos sobre a investidas desses peixes carnívoros, ferozes e que atacam, além de outras espécies, humanos. Com a formação do lago do Manso, em função da construção da hidrelétrica, que tem um volume de água imenso e equivalente à Baía de Guanabara, a estatal Furnas ficou responsável pelo repovoamento de peixes da região. No entanto, segundo Botelho e o deputado Allan Kardec (PDT), o repovoamento foi realizado da forma incorreta, o que provocou um aumento das piranhas na área do Lago do Manso. "Essa situação lá está muito grave. O repovoamento, se foi feito, foi pífio. Gostaria muito da participação da Comissão de Meio Ambiente e dos deputados para essa discussão", afirmou Botelho. A convocação foi aprovada por unanimidade. Na mesma sessão Allan Kardec apresentou um projeto com um novo modelo de repovoamento das bacias afetadas pelas hidrelétricas e pequenas centrais elétricas.  rde"As empresas são obrigadas a fazer o repovoamento, mas precisa ser feito com espécies nobres, como o surubim, pintado e cachara, que são, inclusive, predadores naturais da piranha", argumentou Kardec.