MANÉ CATRACA: “Mito” vira o disco e deve passar a defender vacinas. "Antes tarde do que nunca", é caso para se dizer

MANÉ CATRACA:  “Mito” vira o disco e deve passar a defender vacinas. mane catraca
Com a queda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro, já detectada pelo bunker digital do Palácio do Planalto (também chamado de “gabinete do ódio”), o que vem sendo atribuído ao seu negacionismo retumbante, a minimização da gravidade da pandemia e as críticas ao uso de máscaras, ele teria se curvado a orientação para mudar o discurso e passar a defender a vacinação em massa do povo brasileiro. Caso se confirme essa nova versão do “mito”, pode vir por aí um Bolsonaro ardoroso defensor da imunização – o que não é ruim e deve até ser louvado, levando em conta que ”antes tarde do que nunca” para ele, finalmente, reconhecer a necessidade de imunizar a todos. Principalmente, se usar, com a mesma ênfase e energia, os argumentos que ele emprega para defender que as pessoas com sintomas de Covid-19 se “empanturrem” de cloroquina – remédio contra malária, mas sem eficácia para combater o Coronavírus! O Jair só não deve mudar o seu discurso de terceirizar a responsabilidade principal pelo caos na saúde pública, transferindo-a para o lombo dos prefeitos e governadores! Na mesma linha, também deve continuar “demonizando” a atuação da Imprensa na missão desta, que é de informar a sociedade, entre outros fatos, tudo o que se relacione com a pandemia. Agrade ou não a Bolsonaro e seus seguidores! Por último, a narrativa ensaiada por setores do bolsonarismo nas redes sociais de que ele não autorizou a compra de vacinas anteriormente, a exemplo do que fizeram a maioria dos governantes do mundo, que se apressaram para adquirir os imunizantes, porque ele não encontrou vacinas disponíveis nas indústrias farmacêuticas, pelo jeito, não se sustenta. Isto porque, ainda em outubro do ano passado, Bolsonaro desconheceu várias ofertas de laboratórios como o da Pfizer que se dispuseram e vender vacinas para o Brasil. Se tivesse feito as aquisições àquela época, muito possivelmente a tragédia de mortandade causada pela pandemia não teria chegado aos quase 270 mil óbitos!