"CHUMBO TROCADO”: Taques parte para o ataque e diz que ex-aliados estão “decepcionados” porque queriam fazer “esquemas” e ele não deixou

pedro taques
Redação   Sem dar “nomes aos bois”, como se diz, o governador Pedro Taques, no entanto, sai da defensiva e passa aos ataques, em resposta a ex-aliados que, no últimos dias, vêm questionando duramente a sua gestão em níveis que chegam à baixaria.  Um desses exemplos “rasteiros” foi protagonizado por um de seus desafetos, no caso o ex-prefeito de Lucas de Rio Verde, Otaviano Pivetta, que durante entrevista em um programa de TV, recentemente, chegou a dizer que Taques era “mal-amado” e também tinha uma “ imensa bola de ego” na barriga.Pivetta foi coordenador-geral da campanha vitoriosa de 2014 na qual Pedro Taques se elegeu governador e hoje é um de seus maiores inimigos políticos. Ele se enfileira ao lado de outros ex-seguidores e aliados do governador que, através de entrevistas e declarações na mídia vêm pontuando uma série de críticas, muitas das quais pesadas e até agressivas e estão sendo vistas como uma “orquestração” para desconstruir a imagem daquele que era então o ídolo político deles – Pedro Taques, o mesmo que eles agora alegam terem os “decepcionados”.Em resposta a essa ofensiva, mesmo sem citar nomes, Taques diz que eles queriam fazer “esquemas” em seu governo e por não ter deixado isso acontecer, agora se viram contra ele.A resposta de Taques veio em entrevista a Rádio Vila Real, ontem (17). Onde ele insinuou que seu ex-aliados esperavam fazer “esquemas” e “mandar” em sua administração. “Não faço esquemas, não faço joguinhos”, disse o governador.“Algumas pessoas pensaram que poderiam mandar em mim, porque têm muito dinheiro, são milionários, pensaram que poderiam me mudar. Não mudei. Não sou vaca de presépio. Queriam me colocar cabresto para cumprir com as opiniões deles. Mas perceberam tardiamente que não mandariam em mim”, afirmou, sem mencionar nomes.O governador disse que alguns queriam que ele privatizasse a Unemat e que não pagasse os reajustes dos salários, concedidos pela gestão dos ex-governador Silval Barbosa. “São opiniões que não concordo, tenho opinião própria. Queriam colocar um cabresto para fazer as coisas de acordo com a opinião deles”, disse.Taques ainda disse que acredita que parte da classe política não o tolera. “Por que uma parte da classe política não me tolera? Não me tolera porque entende que eu não faço joguinho, não faço esquema, não faço coisa errada. Não vou fazer coisa errada para me reeleger”, afirmou.“Quem foi eleito governador foi eu. Era a minha cara que estava na urna. Algumas pessoas queriam mandar no Governo e não mandaram. Alguns tinham o sonho de ser governador, estavam há muito tempo na fila. Eu furei a fila e por isso boa parte da classe política não me tolera”, finalizou Taques.MAURO – Após a entrevista na rádio, em um evento no Hemocentro de Cuiabá, Taques voltou a falar sobre o ex-aliado Mauro Mendes.“Todo o dia converso com o DEM. Com o Mauro não. Tenho conversado com Jayme, Botelho e Dilmar”, disse Taques, lembrando aos jornalistas que não conversa com Mauro por uma opção pessoal sua.O afastamento entre os dois políticos ficou evidente já no final do ano passado, quando Mauro Mendes ensaiou enfrentar Taques nas urnas em outubro próximo.Pedro Taques mantém uma boa relação com o DEM através de Jayme Campos e os deputados Eduardo Botelho e Dilmar Dal’Bosco. O problema é que atualmente o DEM, em Mato Grosso, é controlado pelo deputado federal Fábio Garcia, aliado de Mauro Mendes.A união de Taques e Mauro teve início nas eleições de 2010, quando Taques foi eleito senador e Mauro foi derrotado pelo ex-governador Silval Barbosa. Em 2012 o apoio continuou, com a de Mauro Mendes para a Prefeitura de Cuiabá. Em 2014, Taques, com apoio de Mauro, venceu as eleições ao governo.Em 2016, Mauro Mendes desistiu de ir à reeleição em Cuiabá. O candidato do grupo acabou sendo o deputado Wilson Santos, desafeto de Mauro Mendes. Wilson Santos foi derrotado por Emanuel Pinheiro. Desde então Mauro Mendes e o governador se distanciaram.