TERCEIRA ONDA: Boletim da Fiocruz aponta que MT, DF e mais 12 Estados têm aumento de casos da Covid e alerta para gravidade
TERCEIRA ONDA: Boletim da Fiocruz aponta que MT, DF e mais 12 Estados têm aumento de casos da Covid e alerta para gravidade
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05/06/2021 - 06:18
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Redação
Divulgado nesta sexta-feira (4/6), o Boletim da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) alerta para cenário preocupante no país. A análise mostra que a maioria dos estados está ou em situação de retomada do crescimento ou em estabilização com níveis ainda muito elevados de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e Covid-19. Apenas Roraima apresentou sinal de queda.
“Diante desse novo quadro, agora temos os estados do Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins com ao menos metade das macrorregiões correspondentes apresentando sinal de crescimento”, explica o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador da instituição.
Capitais
Quatorze das 27 capitais também apresentam sinal de crescimento: Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Salvador (BA) e São Paulo (SP) apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo; e Fortaleza (CE) apresenta sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo. Apenas quatro capitais registraram indícios de queda na tendência de longo prazo: Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ).
Assim como alertado para alguns estados, o Boletim mostra que oito capitais apresentam sinal de interrupção da tendência de queda ou manutenção de platô em valores ainda elevados. É o caso de Aracaju (SE), Belém (PA), Florianópolis (SC), Macapá (AP), plano piloto de Brasília e arredores (DF), Rio Branco (AC), São Luís (MA) e Teresina (PI).
“Diante do atual contexto, recomendamos cautela em relação às medidas de flexibilização das recomendações de distanciamento para redução da transmissão da Covid-19, enquanto a tendência de queda não tiver sido mantida por tempo suficiente para que o número de novos casos atinja valores significativamente baixos, bem como a necessidade de reavaliação das flexibilizações já implementadas nos estados”, alerta Gomes
O pesquisador observou ainda que a interrupção da queda e a retomada do crescimento podem ser atribuídas em parte à retomada da circulação da população e, consequente, à maior exposição por conta das medidas de relaxamento.