Alckmin para presidente e Meireles vice – aliança entre tucanos e MDB é vista como impossível em MT, embora possa ocorrer no país
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01/05/2018 - 20:00
caciques
Redação
A formação de uma eventual chapa entre PSDB e MDB para a eleição presidencial passou a ser cogitada no emaranhado de indefinições que permeiam o cenário eleitoral do país. Mas essa aliança que pode ser factível no país, seria uma parceria vista como praticamente impossível nas eleições para o governo estadual em Mato Grosso, tendo em vista o acirramento da briga entre tucanos e emedebistas locais.Juntar os dois partidos no Estado é considerada uma tarefa inviável, semelhante a de tentar misturar “água com óleo” Ou cruzar “cobra com lagarto”, na visão de observadores políticos.Na realidade, essa parceria que se costura na disputa presidencial, tendo o tucano Geraldo Alckmin como candidato a presidente e o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, recentemente filiado ao MDB como possível vice, será replicada em poucos Estados em campanhas para governador. No entanto, a dificuldade maior dessa junção reside em Mato Grosso, onde, por conta dos “rombos” da gestão do ex-governador Silval Barbosa, o MDB vem sendo estigmatizado e visto de forma negativa por amplos setores da sociedade em que pese ser uma sigla com presença em todos os municípios do Estado.
Rememorando episódios anteriores no Estado, quando grupos antagônicos locais apoiaram a mesma chapa presidencial, a solução para não excluir tucanos e emedebistas desse palanque nacional pode ser a de cada um partido montar comitês diferentes para propagar a chapa e pedir votos.
Numa visão mais ampla do quadro nacional, os dois partidos devem se colocar em campos opostos em pelo menos 15 unidades da Federação. Até o momento, em apenas três Estados ensaia-se um projeto único entre as duas siglas, e em outros oito a situação é incerta. No Rio, emedebistas e tucanos devem apoiar a candidatura do ex-prefeito da capital Eduardo Paes, que se filiou ao DEM para disputar o cargo de governador. Já o Acre poderá ter os dois partidos apoiando a candidatura do senador Gladson Cameli (PP-AC) ao governo. Negociação As disputas locais têm sido colocadas como um complicador na formação de chapa única no pleito presidencial. O PSDB admite negociar aliança eleitoral com o MDB do presidente Michel Temer. Alckmin sinalizou ao partido que está disposto a defender pontos do legado econômico do governo que sejam compatíveis com o programa de governo tucano. A discussão conta com o esforço do ex-prefeito João Dória (PSDB), que tem conversado com Temer sobre o assunto. Além de Mato Grosso, a Bahia, quarto maior colégio eleitoral do País, é um outro símbolo das divergências entre tucanos e emedebistas. Há algumas semanas, PSDB e MDB indicavam apoiar a candidatura do prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), ao governo. ACM Neto, no entanto, desistiu da candidatura e o cenário se embaralhou. Agora o PSDB quer lançar o deputado federal João Gualberto para enfrentar o atual governador Rui Costa (PT-BA). O tucano, no entanto, rejeita aliança com o MDB baiano, comandado pelos irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima, ambos investigados na Lava Jato. Geddel está preso em Brasília. Em Minas Gerais, a situação é ainda mais complicada. O MDB estava próximo do governador Fernando Pimentel (PT), que vai tentar a reeleição, mas o partido rachou. Uma ala, liderada pelo atual vice-governador e presidente regional do partido, Toninho Andrade, passou a defender candidatura própria. Já os tucanos indicavam apoio a Rodrigo Pacheco (DEM), mas, agora, decidiram lançar a pré-candidatura do senador Antonio Anastasia (PSDB) ao governo.*Com informações da Agência Estado