EFEITO DO NEGACIONISMO: Com pico de novos casos, país bate recorde de mortes diárias em 2 meses; covid desacelera no mundo, mas expande no Brasil

EFEITO DO NEGACIONISMO: Com pico de novos casos, país bate recorde de mortes diárias em 2 meses; covid desacelera no mundo, mas expande no Brasil
Os ataques sistemáticos de setores antivacinas, os chamados negacionistas que combatem a imunização contra a covid, pode estar na raíz do pico de casos da pandemia e mortes que estão aumentando no Brasil. Em função da campanha que movem contra as vacinas, pessoas que poderiam estar salvas estão morrendo de covid.  Redação Média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, manteve tendência de crescimento pelo 14° dia seguido O Brasil registrou 489 novas mortes pela Covid-19 nesta terça-feira (25), o maior número em 24 horas desde 12 de novembro de 2021, quando foram registradas 612 mortes. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 332, mantendo tendência de crescimento pelo 14° dia consecutivo. O número de novas infecções notificadas foi de 199.126, o terceiro maior da pandemia. A média móvel de testes positivos atingiu um novo pico e está em 159.789. No total, o Brasil soma 623.901 mortos e 24.334.072 casos da doença. Acre, Goiás e Roraima não registraram vítimas fatais da doença nesta terça. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde. O balanço, divulgado às 20h, é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde 8 de junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados. Dados do Ministério da Saúde Segundo dados do Ministério da Saúde, por outro lado, o país registrou 183.722 novos casos de Covid-19, elevando o número total de infecções confirmadas no país a 24.311.317. Foram contabilizadas ainda 487 novas mortes pela doença. O total de vítimas fatais passou para 623.843. O Brasil tem registrado uma disparada nos casos confirmados de Covid-19 nos últimos dias devido ao avanço da variante Ômicron pelo país. No entanto, com o avanço da vacinação e a aparente menor letalidade da Ômicron, o número de óbitos tem permanecido em patamares bem inferiores em relação ao pico da pandemia, quando o país chegou a registrar mais de 3.000 mortes por dia. total de infecções confirmadas no país a 24.311.317. Foram contabilizadas ainda 487 novas mortes pela doença. O total de vítimas fatais passou para 623.843.  Expansão da covid no mundo desacelera, mas Brasil vai em direção oposta Jamil Chade / Uol A OMS (Organização Mundial da Saúde) revela que a expansão da variante ômicron pelo planeta dá sinais de perder força. Mas, no Brasil, a proliferação da doença subiu em 73% em apenas sete dias, com um aumento de mais de 80% em mortes. Os dados publicados nesta terça-feira revelam que, no mundo, 21 milhões de novos casos foram registrados na semana que terminou no domingo, um novo recorde. Ainda assim, o aumento em comparação à semana anterior foi de apenas 5%, depois de saltos inéditos ao longo do mês de janeiro e que chegaram a mais de 50%. Na OMS, os números foram interpretados como um sinal de que, em alguns locais, a variante ômicron poderia estar se estabilizando. Mas a agência insiste que é muito cedo para comemorar, principalmente diante do elevado número de mortes e da superlotação de hospitais. No caso brasileiro, porém, a situação é diferente. De acordo com a OMS, o Brasil voltou a aparecer entre os países com maior número de novos casos. A liderança continua sendo dos EUA, com 4,2 milhões de novos infectados. Mas a queda no caso americano foi de 24% em uma semana. Na França, foram 2,4 milhões de casos e alta de 21%. A Índia registrou 2,1 milhões de casos e aumento de 33%, contra uma situação estável na Itália de 1,2 milhão. O Brasil, que havia desaparecido da lista dos principais epicentros da doença, volta a ocupar a quinta colocação, com 824 mil casos na semana, um aumento de 73%. No que se refere às mortes, a OMS registra uma estabilização no número global. Em uma semana, foram cerca de 50 mil óbitos, um aumento de 1% em relação aos sete dias anteriores. Na Europa, houve até mesmo uma contração de 5%. Mas, no caso brasileiro, a expansão é uma das mais altas. O aumento nos sete dias foi de 81%, para um total de 1,7 mil óbitos. Em termos de mortes, o pior cenário continua sendo dos EUA, com 10,7 mil novas vítimas. Trata-se, porém, de uma queda de 17%. Na Rússia, foram 4,7 mil mortes, uma redução de 7%. O ritmo de expansão no Brasil, se não sofrer uma mudança, poderá recolocar o país de novo entre os locais com o maior número de mortes. Na semana passada, a taxa brasileira se aproximou aos números britânicos, com 1,8 mil mortes. No total, desde o início da pandemia, o Brasil registrou o terceiro maior número de casos e de óbitos.