ENTRE ALIADOS: Jayme pressiona e ameaça romper, porém Mauro Mendes demonstra não estar preocupado e fica naquela de esperar acontecer...

ENTRE ALIADOS:  Jayme pressiona e ameaça romper, porém Mauro Mendes demonstra não estar preocupado e  fica naquela de esperar acontecer... mauro e jayme
Análise da Redação do Página Única Ocorre que Mauro Mendes, embora seja do mesmo partido dos irmãos Jayme, Júlio e seguidores, trafega em faixa própria. Outro fato é que o governador ainda não manifestou se será candidato à reeleição, pelo menos publicamente, o que deixa seus correligionários do antigo Dem (hoje União Brasil) "perdidos" e fazendo pressão, de certa forma, inócua, pois Mauro Mendes apenas sinaliza, mas não garante que vai disputar um segundo mandato. Questão tática ou de estilo dele. Com isso, o mandatário  mato-grossense se blinda e pode também, de acordo com a evolução política e eleitoral do cenário local e nacional, vir a ampliar seu leque de apoio, com novos aliados. Possibilidades existem, considerando que em matéria de política não existe o termo "impossível". Como exemplo, haja vista a aliança já confirmada entre Lula, para presidente da República, e o ex-tucanos Geraldo Alckmin, para vice.  Já com referência ao grupo da situação no Estado, ele já estava "trincado" há tempos, no tocante a Mendes e os Campos. Nesse sentido, segundo fontes com acesso aos dois grupos, ao que tudo indica, o racha é praticamente inevitável. Seria o caso de muitos caciques para poucos índios?...  Principalmente, diante do avanço do fenômeno do lulismo, que cercou a esquerda e avança pelo centro e, em alguns casos, consegue a adesão até da centro-direita. Configurando uma avalanche de votos que já interfere nos arranjos políticos regionais. E, especificamente, no que tange a Mato Grosso, esse efeito vem de cima para baixo, o que nunca aconteceu antes no Estado, com as eleições para os cargos majoritários descoladas das disputas presidenciais. Ainda sobre o assunto, confira abaixo, matéria do jornalista Pablo Rodrigo / A Gazeta Jayme cobra respeito de Mauro e ameaça não apoiá-lo em 2022 O senador Jayme Campos (UB) voltou a condicionar o apoio à reeleição do seu correligionário governador Mauro Mendes (UB) a melhor relação política entre ambos e a gestão. Campos chegou a afirmar que é tratado como 'inimigo político' em muitas ocasiões.  "A tendência é eu apoiá-lo, mas desde que eu seja respeitado, [porque] pra continuar do jeito que está, bye bye, tchau tchau", disse o senador nessa segunda-feira (15) após ser indagado se seu diálogo com o senador Wellington Fagundes (PL) e o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB). Segundo Campos, existe um problema político na relação entre ele e Mendes. "Eu não dependo de governo, não sou empreiteiro, fornecedor. Eu só quero que o governo nos veja como aliado. Agora elege o cidadão e depois ser tratado com inimigo, bye bye, tchau tchau".  "Pelo que escuto e como sou tratado, eu tenho vergonha de chegar no Palácio ou secretaria de Estado, tem secretaria que acha que sou adversário. E eu ajudei eleger o Mauro, eu tive 500 mil votos em uma eleição com 11 adversários", completo  Essa não é a primeira vez que Jayem reclama da relação com o governador. Ele chegou a afirmar que falta política e bom tratamento com os aliados. A crise entre Mendes e Jayme Campos se iniciou desde 2018, quando Mauro se filiou com o seu grupo político no DEM. Na ocasião, o grupo de Mauro assumiu o partido. A ala histórica do DEM, no entanto, sempre criticou a conduta de Fábio Garcia no comando do DEM. Em 2020, durante a eleição suplementar para o Senado, Jayme indicou o irmão Júlio Campos (DEM) como suplente na chapa de Nilson Leitão (PSDB). Já Mauro Mendes apoiou Carlos Fávaro (PSD). Agora com a criação do União Brasil, Jayme mantém às críticas a forma como Fábio Garcia conduz a legenda. Tanto que Jayme faz questão de dialogar com lideranças que buscam criar uma alternativa ao projeto de reeleição do governador.