Abertura de espaço para Medeiros ser candidato ao Senado por MT envolve Bolsonaro que se empenha para Wellington ser candidato ao Governo do Estado
Abertura de espaço para Medeiros ser candidato ao Senado por MT envolve Bolsonaro que se empenha para Wellington ser candidato ao Governo do Estado
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25/02/2022 - 07:09
MEDEIROS5
Redação
Os bastidores políticos mato-grossenses estão fervilhando. Reuniões é o que não faltam entre caciques políticos. A efervescência é por conta das articulações que ocorrem na direita, mais precisamente no grupo bolsonarista que se movimenta para demover o senador Wellington Fagundes (PL) de sua disposição de ser candidato à reeleição, para que Fagundes assuma a candidatura ao Governo do Estado – fato que provocaria um enfrentamento direto com o governador Mauro Mendes, que não assumiu publicamente disputar um novo mandato na chefia do Executivo estadual, mas, segundo se observa, vem sinalizando, ainda que discretamente que poderá encarar a reeleição.
A movimentação que ocorre em torno de Wellington Fagundes teria o próprio Jair Bolsonaro por trás.O interesse do capitão-presidente nessas mexidas no tabuleiro é abrir espaço ao “bolsonarista raíz”, o deputado federal José Medeiros para ser o candidato ao Senado do grupo.
Porém, de acordo com observadores do cenário político, na hipótese de ocorrer a troca de candidaturas, Fagundes correria risco de não ser eleito - até pelo aumento da rejeição a Bolsonaro -, mas cederia espaço a Medeiros como candidato ao Senado dos bolsonaristas e aliados em Mato Grosso.
Sobre esse imbróglio, o site do jornal A Gazeta publica matéria que aponta reunião ocorrida, nesta quarta-feira (23), em Brasília, evolvendo, além de Wellington, o também senador Jaime Campos, o deputado Eduardo Botelho e o ex-deputado federal Nilson Leitão.
No cardápio do encontro do quarteto – sempre de acordo com o jornal – o tema sobre uma candidatura ao Governo do Estado, em oposição a Mauro Mendes, teria sido discutida.
Confira, na íntegra, a matéria do site e jornal A Gazeta:
Pressionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) a disputar o governo do Estado, Wellington Fagundes (PL) reuniu-se na noite de quarta-feira (23), em Brasília, com o senador Jayme Campos (UB), o deputado estadual Eduardo Botelho (UB) e o ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB). Apesar do discurso oficial de que estariam discutindo projetos para o Estado de Mato Grosso, a reportagem apurou que o assunto sobre a possível candidatura de Wellington ao governo também foi pauta do encontro.
Além disso, também teria sido discutido na reunião o nome de Botelho para ser vice de Fagundes. Apesar de considerar uma ‘honra’, o deputado afirmou que ainda não foi convidado para ocupar a função em uma eventual disputa pelo Palácio Paiaguás para os próximos quatro anos.
O senador externou a sua intenção de disputar a reeleição, mas diz que tem sido pressionado por Bolsonaro a enfrentar o governador Mauro Mendes (UB) nas urnas. Porém, Fagundes alega que só toparia a missão caso tivesse apoio dos irmãos Júlio e Jayme Campos, e de parte do MDB.
Outro fato que teria sido discutido na reunião foi a possibilidade de uma aliança entre União Brasil e o Partido Liberal. Nesse cenário, Mendes teria o apoio do PL em uma suposta reeleição e Fagundes seria o candidato a Senado Federal.
Entretanto, a proposta não agradaria Bolsonaro, que já mostrou não ter um ‘apreço’ pelo governador de Mato Grosso. Diante disso, uma aproximação do chefe do Executivo estadual com o pré-candidato à presidência da República Lula (PT) ganharia mais força.
A aproximação dos irmãos Campos e de Botelho a Wellington ocorre depois que o grupo demonstrou insatisfação com Mendes. O ex-governador de Mato Grosso Júlio Campos, que é uma das principais lideranças políticas do Democratas, afirmou que o ex-prefeito de Cuiabá faz uma boa gestão, mas ‘deixa a desejar’ politicamente.
Informações de bastidores apontam que o nome da ex-prefeita de Várzea Grande e esposa de Jayme Campos, Lucimar Campos (UB), também já teria sido sondada para ser a vice-governador de Fagundes.