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EIS O RESULTADO: Brasil enfrenta guerra de destruição da Amazônia estimulada por Bolsonaro que aumentou mais de 400%, incluindo território de MT
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27/02/2022 - 17:45
DESMATAMENTO100
Enquanto o Leste Europeu é sacudido violentamente pela invasão de tropas russas e seu imenso arsenal bélico sobre a Ucrânia, um vizinho em tese mais fraco, o Brasil enfrenta uma outra guerra, talvez até mais covarde, que vem se intensificando desde que Jair Bolsonaro assumiu a Presidência da República há três anos - a da destruição da Floresta Amazônica.ioma, incluindo o que incorpora territórios da Amazônia Legal - área em que Mato Grosso e mais 8 estados estão inseridos-, vem sendo detonado pelo avanço descontrolado do desmatamento ilegal, garimpos clandestinos, grilagens de terras e extração irregular de madeira.
Essa destruição acelerada ganhou força e recebeu sinal para avançar, a partir do momento em que o atual presidente da República deixou claro que era inimigo de políticas ambientalistas e de preservação dos patrimônios naturais do povo brasileiro, entre os quais o maior deles, a Amazônia.
Para favorecer a depredação, ele sinalizou para setores mais atrasados de suas bases de seguidores, através de medidas como o esvaziamento de órgãos ambientais de fiscalização e controle, a exemplo do Ibama e o ICMbio, que tiveram seu aparato e recursos reduzidos, quando não vetados de cumprir suas funções.
O resultado dessa guerra de Bolsonaro contra o meio ambiente é que Alertas de desmatamento crescerem mais de 400%, em balanço divulgado no início de 2022. Área afetada é de 430,44 km²; segundo dados da plataforma Terra Brasilis, desenvolvida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)
Dados
Janeiro de 2022 teve a maior área com alertas de desmatamento na Amazônia Legal para o mês desde 2016. Foram 430,44 km² no mês deste ano – 419,3% mais do que os 82,88 km2 registrados no mesmo período em 2021.
Até então, o maior índice em janeiro foi registrado em 2020, quando o mês contabilizou 284,28 km². Já em 2016, primeiro ano que contabilizou dados de janeiro, o registrado foi de 229 km², enquanto em 2017 foi de 58 km², em 2018 de 183 km² e, em 2019, 136 km².
Em 2022, o estado da Amazônia Legal que registrou o maior desmatamento foi Mato Grosso, com 146,52 km². Em seguida, estão Rondônia, com 116,23 km²; Pará, com 66,56 km²; Roraima com 46 km² e Amazonas com 44 km².
Ainda segundo a plataforma, dados de fevereiro com informações apenas até o quarto dia do mês já indicam desmatamento de 17,6 km².
Os dados analisados englobam as áreas dentro da região da Amazônia Legal atingidas com desmatamento com solo exposto, desmatamento com vegetação e mineração. A ferramenta reúne alertas e monitora o desmatamento na região da Amazônia desde 2015; porém, os dados do primeiro semestre começaram a ser computados apenas a partir de 2016.
Segundo o Inpe, as taxas de desmatamento calculadas, são baseadas nas áreas de desmatamento maiores que 6.25 hectares.
Outro lado
Em nota, o Ministério do Meio Ambiente informou que “os resultados do Deter/INPE sobre alertas de desmatamento do último semestre – agosto a janeiro, indicam uma redução 5% em comparação com mesmo período do ano anterior. Por se tratar de alertas, a avaliação mês a mês não traz uma análise estatística consistente sobre as ações, onde o melhor cenário sempre será períodos longos, que refletem com maior precisão os resultados obtidos”.
O texto diz ainda que “o governo federal atua de forma ainda mais contundente em 2022 no combate aos ilícitos ambientais, em ações coordenadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional; e com o apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA) – Ibama e ICMBio; e Ministério da Defesa, através do Censipam”.