RONDONÓPOLIS: Empresa de água é pública e reconhecida entre as melhores do país, tem a qualidade atestada pelo Ministério da Saúde
RONDONÓPOLIS: Empresa de água é pública e reconhecida entre as melhores do país, tem a qualidade atestada pelo Ministério da Saúde
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09/03/2022 - 12:31
sanar
Redação
Desde há alguns tempos, nota-se no País um esforço para desqualificar o serviço público em várias áreas, notadamente na de captação, tratamento e distribuição de água, juntamente com o esgoto sanitário.
O objetivo dessa ofensiva visa, à medida que tacha as empresas públicas de ineficientes, facilitar as privatizações, repassando o controle dessas companhias e autarquiais, principalmente as que atendem serviços essenciais, para a iniciativa privada.
Nesse contexto, há que reconhecer que existem empresas estatais e municipais mal geridas e que não cumprem com suas finalidades e deixam muito a desejar no quesito de atendimento à população. Além de outras cujas atividades não necessitam pertencer ao setor público e podem ser executadas pela iniciativa privada.
O ruim é que a forte onda privatizante coloca no mesmo balaio aquelas autarquias que funcionam bem. Um desses exemplos de órgão ligado ao Poder público – no caso, a Prefeitura de Rondonópolis – é a Sanear, cuja atuação a tornou reconhecida, em âmbito nacional, como uma das melhores empresas no setor em municípios brasileiros.
Prova disso é que dados do Ministério da Saúde, divulgados oficialmente esta semana, atestam qualidade de água em Rondonópolis.
O fato serve para mostrar que o problema não está na empresa por ser pública, mas não sua política de gerenciamento que sendo boa, como é o caso rondonopolitano, a empresa também atinge níveis elevados de eficiência.
Nesse sentido, a população de Rondonópolis pode ficar tranquila quanto ao consumo da água que é ofertada no município. É que de acordo com o Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde, todas as substâncias encontradas na água estão dentro do limite de segurança para o consumo.
O último levantamento feito pelo Sisagua aponta que, em Rondonópolis, entre os anos de 2018 e 2020 as substâncias detectadas no líquido estavam dentro do limite de segurança em saúde conforme o Mapa da Água, divulgado pelo Repórter Brasil, que aponta a qualidade da água de diversos municípios do Brasil. Os dados que compõem o mapa são resultados de testes feitos pelas empresas e instituições responsáveis pelo abastecimento.
No caso de Rondonópolis os testes são feitos pelo Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear) responsável por todo o sistema de distribuição de água potável, desde a captação até a chegada nas torneiras das casas dos rondonopolitanos.
O prefeito José Carlos do Pátio comentou que o município tem investido em saneamento básico e que o bom resultado desse levantamento é fruto das ações executadas pela atual gestão. Conforme o prefeito, Rondonópolis conta hoje com 100% de água tratada e 95% de esgoto coletado sendo que todo esse volume é tratado antes de ser devolvido a natureza. Sobre resíduos sólidos, 99,95% das residências são cobertas pela coleta e em cerca de 80 bairros é feita a coleta seletiva. Quatro Ecopontos atendem o descarte ambientalmente correto de resíduos.
O Mapa da Água aponta que a água tratada pode carregar agrotóxicos e outras substâncias químicas e radioativas que são perigosas para a saúde quando acima dos limites fixados pelo Ministério da Saúde. O levantamento revela onde ocorreu esse tipo de contaminação. Foram encontradas acima do limite em um de cada quatro municípios que fizeram os testes. Entre eles estão São Paulo (13 testes acima do limite), Florianópolis (26) e Guarulhos (11).
Dados inéditos levantados pela Repórter Brasil mostram que os riscos oferecidos pela água saiu da torneira de 763 cidades entre 2018 e 2020. O Ministério da Saúde determina limites considerados seguros para cada um dos subprodutos monitorados na água, a fim de evitar o aparecimento de doenças na população. As instituições responsáveis pelo abastecimento devem realizar os testes para verificar a presença dessas substâncias e a sua concentração na água de 2 a 4 vezes por ano.