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RONDONÓPOLIS: Avanço na construção de creches supre demanda histórica no apoio às famílias com dependentes na fase inicial da infância
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12/03/2022 - 21:52
Redação
Ao aprofundar políticas públicas de construção de 17 novas creches, modernas, espaçosas e arejadas, a administração do prefeito José Carlos do Pátio, por investir fortemente na abertura de vagas para filhos de país que não têm como manter crianças na fase inicial da infância em casa ou em instituições particulares, supre uma demanda histórica em Rondonópolis nesse setor.
Além disso, a Prefeitura está licitando a construção de mais 10 creches de alto padrão.
Ao avançar nesse atendimento humano e social, a gestão rondonopolitana também combate, na esfera de sua atuação, o que é um dos grandes problemas que afligem parcelas expressivas da sociedade brasileira.
Segundo levantamento oficial, das 11,8 milhões de crianças brasileiras com até 3 anos de idade, quase 5 milhões precisam de atendimento em creches. Apenas 24,4% das crianças de até 3 anos de idade frequentam creches no país, ou seja, uma a cada quatro.
O estudo tem como base o chamado Índice de Necessidade de Creche (INC), desenvolvido com o objetivo de melhor orientar as políticas públicas e mapear as necessidades de atendimento das crianças em creches no país. Segundo o indicador, a porcentagem de crianças que precisam ser atendidas cresce ano a ano. Em 2018, 40,6% das crianças de até 3 anos estavam em grupos vulneráveis que mais precisavam das vagas. Em 2019, a porcentagem passou para 42,4%. Para 2020, a projeção é que o índice chegue a 42,6%.
Isso significa que, das 11,8 milhões de crianças brasileiras com até 3 anos de idade, quase 5 milhões precisam de atendimento em creche. Fazem parte do grupo as crianças em situação de pobreza, que, até 2019, representavam 17,3% do total de crianças no Brasil; as de famílias monoparentais, criadas apenas pela mãe, pelo pai ou outro responsável (3,5%); e as crianças cujos cuidadores principais precisam contar com as creches para poder trabalhar (21,7%).
Mesmo estando entre as que mais precisam de atendimento, 75,6% das crianças mais pobres estão fora das creches. Entre aqueles de famílias monoparentais, 55% não estão matriculadas e, no grupo de mães ou cuidadores economicamente ativos, 18,3% estão fora da escola.
As creches significam também ter um local seguro onde deixar as crianças, o que possibilita que mães, pais e responsáveis possam trabalhar.
As creches públicas no Brasil são geridas principalmente pelos municípios. Segundo o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Miguel Garcia, os gestores terão que lidar com uma demanda reprimida em função da pandemia.
“Temos um aumento da demanda muito forte. São as crianças que estavam em casa com as famílias durante a pandemia e estão voltando, tem o público oriundo da rede privada, alunos que estavam na rede privada e que, em função de toda a crise econômica, estão sendo obrigados a retornar à rede pública. Isso está gerando um aumento bastante grande. E existem aqueles que acabaram ficando fora e que precisam ser objeto de busca ativa, sobretudo aquele de famílias muito vulneráveis”, diz.
Faltam vagas
No Brasil, a creche não é uma etapa obrigatória. A educação é obrigatória apenas a partir dos 4 anos de idade. Antes disso, cabe às famílias decidir pela matrícula. O poder público deve, no entanto, garantir que haja vagas para todos aqueles que desejarem. O que acontece, na prática, é a falta de vagas e longas filas para garantir um lugar nas creches públicas.
Em Rondonópolis, esse drama está sendo superado.