Redação Uma cogitada dobradinha tendo Mauro Mendes (União) candidato à reeleição para governador e Wellington Fagundes (PL) para o Senado, recém-convertido ao bolsonarismo, pode dividir a base do chefe do Executivo mato-grossense. Os apoiadores mais antigos de Mendes refutam compartilhar o palanque com o senador que na eleição de 2018 não apoiou Mauro. O questionamento com relação a Wellington protagonizar a cena eleitoral este ano, também se estende aos chamados bolsonaristas-raíz, aqueles que estiveram na base do capitão-presidente, enquanto Fagundes se elegeu ao Senado em coligação com o PT. Mais discretos que a base governista estadual quanto às queixas sobre perda de espaço, os seguidores de Jair Bolsonaro, no entanto, ainda que reservadamente, sentem o fato de terem ficado em segundo plano no grupo político que eles construíram em Mato Grosso. Ao contrário dos seguidores fiéis do presidente,  já os líderes que apoiaram a eleição de Mauro Mendes ao Governo do Estado não escondem descontentamento com a possibilidade - embora o governador não tenha declarado nada nesse sentido, mas apenas insinuado - de que ocorra uma junção na chapa governista. "Esse grupo do PSD, PP, MDB tem sido leal 100% ao governador. Eu acho que é natural que seja cobrado essa postura até porque não é justo quem estava de fora, quem não teve nesse projeto e estava lá do outro lado vir ser o protagonista disso tudo", disse o deputado Ondanir Bortolini (PSD), o Nininho. "O projeto do deputado Neri (ao Senado) já conta com apoio de mais de 100 prefeitos, já tem uma musculatura. Aguardamos essa definição e esperamos poder contar com apoio do governo. O Mauro é uma pessoa coerente e quando chegar momento certo ele vai saber adotar a melhor decisão disso tudo", finalizou Nininho.