BATIDO O MARTELO: Alckmin entra no PSB e é sacramentado como vice de Lula; aliança tem impacto forte junto a setores do partido em MT

BATIDO O MARTELO: Alckmin entra no PSB e é sacramentado como vice de Lula; aliança tem impacto forte junto a setores do partido em MT
Por Mário Marques de Almeida Depois de muitas idas e vindas, com movimentações intensas nos últimos dias, o ex-governador Geraldo Alckmin, após 33 anos de filiação no PSDB, finalmente ingressará no PSB. Com isso, se consolida a sua candidatura a vice-presidente na chapa encabeçada por Lula. A data da assinatura da ficha está marcada: a próxima quarta-feira (23). O ex-tucano recebeu convite para se filiar no PV e Solidariedade, mas optou pelo PSB. Embora o PSB, por questões de disputas regionais em alguns Estados (entre os quais, o principal é São Paulo) não quis federar com o PT – deixando assim de marchar unido nas composições para governos estaduais, candidato ao Senado e deputados federais e estaduais -, a coligação nacional para apoiar Lula a presidente tendo Alckmin como vice é ponto pacífico na grande maioria da legenda socialista. Até onde se sabe, a única resistência no apoio a Lula é na cúpula e em setores da base do PSB de Mato Grosso, principalmente em determinados segmentos ligados ao agro. O presidente do partido, o deputado estadual Max Russi é (ou pelo menos, era) frontalmente contrário à coligação com o PT e outras forças de esquerda e centro no apoiamento a Lula. Inclusive, esse posicionamento anti-Lula de Russi fez com que o prefeito José Carlos do Pátio, de Rondonópolis, que desponta como uma das principais lideranças no Estado nas articulções pró-Lula, vinha com tratativas avançadas para se filiar ao PSB, juntamente com o seu grupo, recuasse da intenção. No entanto, como a conjuntura hoje é outra, com o martelo batido na disputa presidencial, não pode se descartar que a questão nacional desemboque também numa alteração de rumos do PSB mato-grossense, abrindo perspectivas para o partido dar uma guinada para posições menos bolsonaristas. Como em política, até o impossível costuma ser viabilizado, pode ser que em Mato Grosso também seja replicada a aliança entre Lula e Alckmin, ou seja, o PT e o PSB, com outros aliados, no mesmo palanque. As próximas mexidas nesse tabuleiro vão mostrar se isso é possível!