PRATO NOSSO DE CADA DIA: Você sabia? Cerca de 70 mil pessoas trabalham como cozinheiros(as) em MT, mas a profissão não tem reconhecimento legal
PRATO NOSSO DE CADA DIA: Você sabia? Cerca de 70 mil pessoas trabalham como cozinheiros(as) em MT, mas a profissão não tem reconhecimento legal
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23/03/2022 - 08:38
Fabio Cruz
Por Mário Marques de Almeida
Chef Fábio Cruz, um cozinheiro que lidera movimento para dar visibilidade à categoria em Mato Grosso
Uma das profissões mais antigas do mundo, o trabalho de cozinhar, elaborar comida e matar a fome de muita gente, não tem reconhecimento legal como categoria profissional, ou seja, existe apenas na informalidade. Sem ter seus direitos trabalhistas devidamente recompensados.
Exceto os chefs glamourizados pela mídia, que protagonizam vistosos programas televiisivos e são assediados para entrevsitas, além de ganharem muito dinheiro e pilotar cozinhas de restaurantes estrelados, a grande maioria dos que trabalham na profissão enfrentam as dificuldades inerentes à falta de legalização desse labor, que tem muito de arte, de fazer pratos, desde os mais simples aos sofisticados.
Estima-se que apenas em Mato Grosso, cerca de 70 mil pessoas trabalham na atividade. É um universo humano maior que o habitado pela grande maioria dos municípios mato-grossenses.
Estão organizados em uma associação que tem como presidente o cozinheiro Fábio Cruz (foto acima) – um entusiasta incansável da causa de dar visibilidade legal à profissão, através do reconhecimento oficial.
Ele e mais um grupo de trabalhadores do setor aguardam a aprovação, pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso, de um projeto que reconhece os cozinheiros/as como profissionais especializados.
O projeto está em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e segundo o deputado Wilson Santos, um dos principais defensores da organização da categoria, a proposta deve obter parecer favorável em breve e seguir a tramitação, até ser votada em plenário.
Após a superação dessa fase, a meta de Fábio, juntamente com seus pares, é a de criar um sindicato para agregar os milhares de cozinheiros que trabalham em casas particulares, bares, restaurantes e similares em Mato Grosso.
“Unidos e sindicalizados, teremos mais forças para lutar pelos nossos direitos trabalhistas”, acredita.
Mais ainda: Fábio confia que os efeitos da iniciativa em Mato Grosso podem servir de exemplo e motivar os milhões de cozinheiros espalhados pelo Brasil, a também buscarem a legalização, se organizando em sindicatos.
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