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"RACHA" NA BASE? Mauro Mendes embarca de vez no projeto de reeleição de Bolsonaro e apoia Wellington ao Senado, desfazendo sonhos de Geller de contar com apoio do governador
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24/03/2022 - 12:26
Redação
Mesmo sem anunciar, ao menos publicamente, que vai disputar um novo mandato em Mato Grosso, Mauro Mendes já informou deputados de sua base na Assemblria Legislativa que irá tentar a reeleição.
O governador também sinalizou que vai apoiar a candidatura de Bolsonaro a presidente. além do senador Wellington Fagundes, que pleiteia um novo mandato ao Senado na chapa bolsonarista.
A decisão de Mauro, por sua vez, pode causar um dos maiores rachas na base governista mato-grossense, entre aqueles líderes que defendem Geller, argumentando que este está desde o início da atual gestão ao lado do grupo de Mauro Mendes. Em contrapartida, segundo eles, Fagundes não apoiou a eleição do atual governador, ficando ao lado da chapa oposicionista que foi derrotada naquela eleição.
Nesse novo cenário que está se formando no Estado, por conta do posicionamento de Mendes, não se descarta que aliados de primeira hora do governador busquem articular com forças que vinham se opondo a ele, um novo grupo com vistas a lançar um candidato a governador para enfrentar Mauro Mendes. A movimentação é grande e tende a se intensificar, nas próximas horas e dias.
Dentre os nomes que estão sendo cogitados para essa composição de enfrentamento à situação, está o do senador Carlos Fávaro (PSD). O prefeito José Carlos do Pátio, de Rondonópolis, que vem realizando uma gestão considerada de resultados naquele município, e que está migrando com o seu grupo para um novo partido (possivelmente, o PSB), é outra liderança bastante lembrada para encarar o desafio.
Mais detalhes sobre o assunto, leia matéria do jornalista Pablo Rodrigo, do site e jornal A Gazeta.
A negociação, que definiu a saída de Mauro Carvalho da Casa Civil do governo Mauro Mendes (União) viabilizando que ele dispute a eleição como 1º suplente na chapa do senador Wellington Fagundes (PL), já foi chancelada por Mendes e o senador.
Wellington garantiu que Mauro Carvalho assumirá o mandato de senador por 4 meses todos os anos do novo mandato, caso consiga se reeleger em outubro.
Esta foi uma das exigências que Mendes impôs para aceitar Wellington Fagundes em sua chapa de reeleição, além de ter a garantia do apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), ou que ele não apoie nenhuma outra candidatura ao governo em Mato Grosso. E como ato de confiança, Mauro Carvalho antecipou a saída da Casa durante um discurso de 15 minutos no Plenário da Assembleia Legislativa.
A reportagem consultou alguns deputados do entorno do Paiaguás, que confirmaram o acordo e a aliança entre Mauro e Wellington, com Carvalho de suplente. "Wellington garantiu espaço para o Mauro Carvalho com ele assumindo durante os 8 anos pelo menos 4 meses por ano. Então a chapa está praticamente pronta", disse um parlamentar que pediu para não ser identificado.
Em seu discurso oficial, Mauro Carvalho afirmou que deixa o governo para ocupar a organização do União Brasil e construir as chapas de deputados estaduais e federais, além da reeleição de Mauro Mendes.
O ainda secretário, já que sua exoneração ocorrerá nas próximas horas, afirmou que pediu ao grupo liberdade para tomar sua decisão de disputar ou não as eleições.
"Eu quero ter a liberdade neste período eleitoral de escolhas. Eu posso voltar para minhas empresas e para minha família. Eu posso voltar pro governo, ou eu posso ser (candidato) a alguma coisa de um grupo que está muito unido e que está em discussões semanalmente", disse logo após o anúncio de sua saída do governo.
César Miranda surge como preferido
Para o lugar de Mauro Carvalho, o governador Mauro Mendes adotará uma solução caseira, ou seja, remanejar um nome de dentro da gestão para assumir a função na Casa Civil.
O mais cotado para desempenhar a função é o secretário de Desenvolvimento Econômico (Sedec), César Miranda. O que se comenta nos bastidores é que Miranda ganhou a confiança do governador e tem um bom trânsito com à Assembleia Legislativa (ALMT).
Outro fator que favorece Miranda é a sua relação com o senador Jayme Campos (União), o que engessaria o senador de tecer críticas ao governo depois do seu rompimento com Mauro Mendes.
O nome do ex-senador Cidinho Santos (União) também foi cotado para o desafio. Porém, Cidinho ficaria de fora coordenação da campanha de reeleição do governador.
Outro nome que aparece como alternativa é do secretário de Fazenda (Sefaz), Rogério Gallo, porém, Gallo não tem uma boa relação com os deputados por conta da sua política de austeridade para equilibrar o caixa do Estado. Mauro Mendes deverá anunciar o substituto ainda nesta semana..