“Escaldados” pela derrota da coronel Rúbia Fernando, bolsonaristas de MT defendem a neutralidade do presidente na disputa pela vaga ao Senado

“Escaldados” pela derrota da coronel Rúbia Fernando, bolsonaristas de MT defendem a neutralidade do presidente na disputa pela vaga ao Senado
Redação “Gato escaldado tem medo de água fria”, assim diz o ditado. A máxima, bastante conhecida e popularizada, pode ser aplicada ao que ocorre em Mato Grosso no tocante à disputa entre candidatos ao Senado na busca de serem apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre vários bolsonaristas mato-grossenses existe uma corrente que prega a neutralidade do presidente quanto ao apoio na disputa por uma vaga ao Senado. Essa avaliação se estriba no fato que, tanto o senador Wellington Fagundes (PL), como o deputado federal Neri Geller (PP), ambos concorrentes à vaga e disputam a “benção” presidencial na candidatura a senador, pertencem à base de Bolsonaro. Diante disso, o presidente mais perderia do que agregaria apoio ao seu nome – ele que também luta para ser reeleito -, considerando que Fagundes e Geller fazem parte do mesmo contingente, sem contar que o bolsonarismo em Mato Grosso possa vir a ter outros interessados na vaga. E tem. Um exemplo é o deputado federal José Medeiros, que se intitula "bolsonarista de primeira hora" e não esonde o desejo de concorrer à senatória. Os grupos que defendem o afastamento do presidente da briga regional pelo Senado lembram que na eleição suplementar ao Senado de 2020, o chefe da República apoiou o nome da coronel Rúbia Fernanda de Oliveira Santos e não obteve o retorno esperado. A então Patriota amargou a derrota, ficando em segundo lugar, mesmo diante de forte apelo bolsonarista. O que não deixou de trazer, na época, desgastes ao presidente.