Redação Afirmando que a decisão de sair candidato depende de “convenção”, Mauro Mendes deixa claro não estar afoito em precipitar a oficialização de candidatura à reeleição, ao mesmo tempo que busca responder às cobranças de setores do seu arco de aliança que exigem um posicionamento do governador nesse sentido de ser, ou não, postulante a um segundo mandato. A resposta foi dada. A afirmativa de Mauro Mendes, por outro lado, segue a linha de cautela quanto ao calendário eleitoral, evitando queimar etapas. Em meio às especulações, aliás, naturais em ano de eleições, e mesmo diante da ansiedade de correligionários que cobravam uma definição, o governador que, até então, evitava abordar o assunto, saindo com a justificativa que o seu foco era a gestão, finalmente disse que está em tratativas políticas para “construir a candidatura”. “Eu digo, oficialmente, que estou em processo de construção de uma candidatura. Ser candidato ou não, é na convenção. Agora, o governador Mauro Mendes vai dialogar mais politicamente, falar mais do processo eleitoral, porque estamos em ano eleitoral”, declarou. A fala de Mendes ocorreu na noite de terça-feira e confirma, ao menos publicamente, que ele vai disputar a reeleição. E está em campo para reaglutinar o seu grupo e definir a chapa majoritária. Embora, nos bastidores políticos, já circule, há dias, a notícia que ele comunicou ao seu círculo mais próximo de aliados, que é candidato a um novo mandato de governador. Oposição Enquanto isso, setores que se opõem a Mauro Mendes, até onde se sabe ainda não encontraram um nome de peso que se disponha a enfrentá-lo na disputa governamental. Por enquanto, tudo está no terrenos das conjecturas e especulações. Nesse aspecto, o que existe de concreto é o fato que prosseguem as articulações e conversas entre oposicionistas e líderes descontentes com Mauro Mendes. Por exemplo, uma das vozes oposicionistas em Mato Grosso, a deputada federal Rosa Neide, candidata à reeleição, apregoa que ainda existe tempo hábil para o lançamento de um nome do PT para o governo.   Nesse contexto, ela não descarta também que o candidato/a seja de outra legenda coligada, “desde que se comprometa a dar apoio exclusivo  ao projeto de eleição do presidente Lula”, pontua. No entanto, de acordo com informações, o fato novo nessa conjuntura é o nome do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antonio Joaquim. Ele teria sido sondado para encarar a candidatura ao Governo do Estado e estaria avaliando a possibilidade, o que implica em se aposentar no TCE para enveredar nas lides políticas e eleitorais, das quais, por sinal, ele é egresso. Antonio Joaquim já ocupou o mandato de deputado federal. Tem perfil aguerrido e um histórico de militância, inclusive no PDT.