BOMBA! BOMBA! BOMBA! Empreiteira do interior do Maranhão domina licitações do governo Bolsonaro, tendo o Centrão como padrinho

BOMBA! BOMBA! BOMBA! Empreiteira do interior do Maranhão domina licitações do governo Bolsonaro, tendo o Centrão como padrinho
Por Mário Marques de Almeida Às voltas para tentar evitar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Senado, pressionando senadores para retirar nomes do pedido de investigação, que tem por objetivo averiguar denúncias sobre suspeitas de malversação de dinheiro público no âmbito do Ministério da Educação, o governo de Jair Bolsonaro tem agora uma outra acusação pela frente, que pode ser considerada nitroglicerina pura quanto ao potencial de gerar escândalo. Trata-se da informação sobre uma empreiteira do interior do Maranhão e que estaria abocanhando a maioria das licitações do governo federal, através da Codevasf – uma estatal que Bolsonaro cedeu para políticos do Centrão em troca de apoio parlamentar e eleitoral. A Engefort tem sede na cidade de Imperatriz, no Maranhão, e funciona em instalações modestas para uma construtora que já faturou cerca de R$ 700 milhões em obras de pavimentação do governo federal. No jargão da construção civil de obras públicas, a Engefort seria vista como uma “gatinha”, em alusão ao seu pequeno porte. No entanto, na gestão bolsonariana se agigantou no mercado e tem ganho obras em regiões distantes de sua acanhada base maranhense. A maioria dos empenhos da Engefort já foram pagos. Eles são ligeiros! Os contratos foram conquistados em licitações simplificadas na modalidade pregão eletrônico de cuja concorrência participaria, dando “suporte”, uma segunda empresa, suspeita de ser “laranja” da própria Engefort. No caso dessa segunda empresa, está registrada em nome de um irmão dos sócios da primeira. Esses pregões fazem parte de uma manobra licitatória que passou a ser usada em larga escala sob Bolsonaro para dar vazão aos recursos bilionários das emendas parlamentares, distribuídas a deputados e senadores com base em critérios políticos e que dão sustentação ao governo no Congresso.  A estratégia deixa em segundo plano o planejamento, a qualidade e a fiscalização, abrindo margem para serviços precários, desvios, superfaturamentos e corrupção. A notícia explodiu na manhã desta segunda-feira (9) e já está alvoroçando os meios políticos de Brasília.