“RASTEIRA” NO ALIADO? Governo federal quebra “neutralidade” sinalizada a Neri Geller e declara apoio a Wellington Fagundes na disputa pelo Senado

“RASTEIRA” NO ALIADO? Governo federal quebra “neutralidade” sinalizada a Neri Geller e declara apoio a Wellington Fagundes na disputa pelo Senado Neri geller
Frustrou a expectativa nos meios políticos e empresariais simpaticos à candidatura a senador do deputado federal Neri Geller (PP) de que o presidente Jair Bolsonaro iria se manter “neutro” na disputa pela vaga ao Senado por Mato Grosso, que está sendo pleiteada por ele e pelo senador Wellington Fagundes (PL), candidato à reeleição. Os apoiadores de Neri alimentavam a hipótese de contar, no mínimo, com o não envolvimento do presidente da República nessa eleição para senador, por achar que Geller é um dos membros mais fiéis da base de apoio bolsonarista no Congresso Nacional e sempre votou nas pautas defendidas pelo grupo. Como tal, quando nada, no entendimento deles, Neri Geller seria merecedor desse reconhecimento político, na qualidade de aliado de primeira hora de Bolsonaro Inclusive, em reunião recente entre Geller e o ministro Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil do governo Bolsonaro, ficou pactuado que o presidente da República não tomaria partido nessa disputa paroquial entre os dois aliados e que disputam uma única vaga para senador. Por essas tratativas, Bolsonaro, no tocante a Mato Grosso, atuaria como “magistrado”. Mas não é o que está acontecendo. "Mais em função de uma "redoma" de iminências pardas que cercam o presidente do que por vontade própria do líder", afirma fonte com conhecimento de como se desenvolvem essas manobras nos bastidores do poder. O balde de água fria sobre as pretensões de Geller veio através do recado mandado por Jair Bolsonaro, através do seu porta-voz informal, o também deputado federal José Medeiros (PL), que o “ungido” por Bolsonaro para concorrer à senatoria é Wellington Fagundes e que não existe “neutralidade” do presidente nessa disputa. Segundo Medeiros, o próprio Bolsonaro afirmou a ele que o seu candidato agora é Fagundes. “Nós estamos no PL, estamos em um time só. O Wellington é o candidato do presidente da República agora”, disse.  “Eu, por exemplo, queria ser candidato ao Senado com apoio do presidente, mas pelas circunstâncias políticas não deu. O candidato do PL e do presidente da República é o Wellington e ponto”, acrescentou. “Nós vamos ter que dizer que o candidato ao Senado em Mato Grosso que o presidente definiu é o senador Wellington. Ele escolheu. Wellington está no time e nós que viemos para cá. Foi a escolha do presidente e nós estamos no time do presidente”, fnalizou.