Redação Conforme é do conhecimento geral, o governador Mauro Mendes (UB) ainda não oficializou publicamente que será candidato à reeleição. E nem precisa fazê-lo, pois suas ações, além de conversas que vazaram nos bastidores políticos, mantidas entre ele e seus principais apoiadores, apontam que Mauro já teria informado a um seleto grupo que vai sim concorrer à reeleição. Se existe alguma incógnita com referência ao govenador e seu projeto para 2022 se refere ao candidato a senador que ele vai apoiar no pleito que se aproxima. No mais, independente de ele não proclamar agora sua decisão de ir à reeleição, Mauro Mendes é candidatíssimo. Faz parte de uma estratégia já antiga do chefe do Executivo criar suspense sobre seus planos eleitorais, uma tática, pelo jeito, que vem conseguindo “engessar” outros projetos eleitorais que, eventualmente, possam atrapalhar sua caminhada ou “encarecer” os custos de uma campanha com a possibilidade de haver disputa. Já com referência à senatoria, Mauro Mendes também, de forma inteligente, aproveita o ensejo para gerar expectativas e embaralhar esse meio de campo, deixando eventuais pretendentes ao Senado, cortejando o seu apoio – o que faz com que só aumente a força da liderança de Mauro. Wellington Fagundes (PL) e Neri Geller (PP) que o digam! Os dois estão disputando espaços no entorno do governador, que sinaliza para ambos, mas não declara de forma explícita o seu apoio a nenhum deles. “Fico contente que os dois queiram essa coligação e ficar do nosso lado. Isso significa um reconhecimento ao trabalho que o Governo do Estado está fazendo. No devido tempo, decidiremos e não é algo que só eu farei. Estamos conversando com a sociedade, com os partidos e vamos olhar as pesquisas. Mas os dois sabem que não fiz promessa a nenhum deles”, se limitou a dizer o governador, quando entrevistado por uma emissora local de TV, nesta manhã. E fez questão de dizer que não poderia prometer um apoio antecipadamente para nenhum deles. “Disse ao Neri para que ele construísse um projeto, mas que não poderia tomar uma decisão naquele momento. Assim como fui adversário do Wellington em 2018, mas fizemos um debate político, o que é normal. Nunca fui inimigo dele, nem adversário pessoal dele. Sempre respeitei os dois”. Jogando a decisão de decidir quem vai apoiar mais para frente, o governador informou que além dos debates no seu grupo político, pesquisas de opinião vão ajudá-lo a definir esse tão esperado apoio dos postulantes ao Senado que disputam a preferência em seu arco de aliança.