NEM WELLINGTON, NEM NERI: Candidatura de bolsonarista raíz ao Senado, pode levar presidente a ficar neutro na disputa pela vaga de senador em MT

NEM WELLINGTON, NEM NERI: Candidatura de bolsonarista raíz ao Senado, pode levar presidente a ficar neutro na disputa pela vaga de senador em MT
Redação O cenário político que está se desenhando em Mato Grosso, onde estão confirmados desde já, pelo menos dois candidatos ao Senado da base de apoio de Bolsonaro, a saber: o senador Wellington Fagundes (PL), que postula a reeleição, e o deputado federal Neri Geller (PP), que quer concorrer à senatoria, seria suficiente a levar Jair Bolsonaro (PL) manter uma posição de neutralidade nessa disputa, tendo em vista que ambos são aliados do presidente da República. No entanto, essa tendência pode ser reforçada com o fato que um terceiro nome, o sojicultor Antônio Galvan (PTB), presidente da Aprosoja e bolsonarista raíz em Mato Grosso, também se lança à disputa pela vaga ao Senado. Um dos líderes de manifestações bolsonaristas ruidosas em Mato Grosso e no país, onde não faltam críticas fortes e ameaças ao STF e pedidos de golpes, Galvan cobra neutralidade de Bolsonaro nessa disputa. Sua voz tem peso junto a Bolsonaro e filhos, além daqueles que participam do chamado núcleo duro do bolsonarismo. Confira trechos da entrevista de Antônio Galvan à Imprensa local: O presidente Jair Bolsonaro deve ficar neutro na disputa ao Senado em Mato Grosso, mesmo que o PL, seu partido, tenha candidato próprio ao cargo, no caso, Wellington Fagundes. Quem também entra na briga ao lado de Wellington e de Neri Geller (PP), é o presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan, que concorre pelo PTB. A direção nacional do partido pediu a neutralidade de Bolsonaro, pois acredita ser "um dos partidos mais leais ao presidente no Congresso Nacional". “Eu acredito que o presidente se manterá neutro em Mato Grosso, como o PTB e PP solicitaram. São três partidos da base aliada do presidente que vão lançar candidato ao Senado, inclusive o partido que ele é filiado. Por isso, ele não deve se envolver. São siglas importantes que dão sustentação ao governo no Congresso”, disse Antonio Galvan, em entrevista nesta sexta (22). A articulação para manter o presidente neutro na disputa em Mato Grosso vem sendo feita pela direção nacional do PTB, diretamente com Bolsonaro e o ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. Galvan, que afirma ser um dos principais líderes do Movimento Verde Amarelo, é o pré-candidato ao Senado mais alinhado com as pautas conservadoras e de direita defendidas pelo presidente Bolsonaro, de acordo com a sigla. “O presidente reconhece o apoio do setor produtivo brasileiro ao governo. Saímos às ruas para defender o Governo Federal, a democracia e combater os abusos que vêm sendo cometidos por outros Poderes”, frisa o produtor rural. Apesar de dirigir uma das principais entidades de classe do setor produtivo brasileiro, Galvan afirma que não entra na disputa pelo Senado como representante do agronegócio. “Sou pré-candidato para representar a população mato-grossense e brasileira como um todo. Conheço o nosso estado como poucos e sei da necessidade de cada região. Por isso, me apresentei para ser candidato nesta eleição e se eleito vou representar, com coragem, o nosso estado melhor do que muitos que estão no exercício do mandato”.