REDAÇÃO Em entrevista à Rádio Metrópoles FM de Cuiabá, nesta sexta-feira (29), a se depreender das próprias palavras do presidente Jair Bolsonaro, ele não ficará “neutro” na disputa pela vaga a senatoria, conforme defende o sojicultor Antônio Galvan (PTB), presidente da Aprosoja, bolsonarista-raíz e que se lançou candidato ao Senado.  “A gente nem discute, no caso de Mato Grosso, se tem alguém melhor do que Wellington Fagundes. Para mim, ele é importantíssimo no Senado, tem votado tudo conosco, há um excelente entendimento entre nós. É excelente a atuação dele”, afirmou Bolsonaro, sem deixar margem de dúvida sobre quem é o seu candidato a senador . A fala de Bolsonaro serviu como uma “ducha de água escaldante” em outro pré-candidato ao Senado, que vinha postulando ser o “senador de Bolsonaro em Mato Grosso”. Trata-se do deputado federal Neri Geller (PP) Galvan e Geller pertencem a partidos que estão na base de apoio bolsonirista no Congresso Nacional. Ambos vinham disputando o apoio de Jair Bolsonaro, mas, pelo jeito, perderam a preferência para Wellington Fagundes, que sonha em se reeleger senador. Segundo o presidente, Wellington tem prioridade para concorrer à reeleição em Mato Grosso e, quando bateu o martelo para se filiar ao PL, conversou com o presidente da sigla, Valdemar da Costa Neto (sobre o apoio a Wellington), e respeita os acordos firmados. Na mesma entrevista, ele confirmou que está "fechado” nestas eleições com o governador Mauro Mendes (União Brasil), que também é pré-candidato à reeleição. “O interesse nosso aqui é a bancada federal e o Senado. Para governador, a gente compõe. Como fizemos essa composição com o Mauro Mendes”, disse. Por outro lado, segundo observadores locais da política, essa definição de Bolsonaro, pelo menos no tocante à disputa, até então acirrada, pela vaga ao Senado, pode levar a um "racha" na base do bolsonarismo em Mato Grosso quanto às eleições para senador. Já para governador, pelo jeito, a demanda das bases bolsonaristas estaria "pacificada" em torno da candidatura de Mauro Mendes à reeleição.