CORRUPÇÃO DOS PASTORES: Saiba tudo sobre a prisão de Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação de Bolsonaro

CORRUPÇÃO DOS PASTORES: Saiba tudo sobre a prisão de Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação de Bolsonaro
Por Mário Marques de Almeida Um dos sintomas mais fortes do abalo gerado pela prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, na manhã de hoje, na hostes bolsonaristas é o fato que o próprio WhatSapp do presidente da República permaneceu em um silêncio total, ao contrário de outros dias quando é inundado por mensagens "festivas" -  mesmo que a maioria desses posts não correspondam com a realidade dos fatos vividos atualmente no Brasil. Prisão de ex-ministro da Educação reativa pedido de CPI do MEC no Senado; Polícia Federal procura pastores que são pivô do esquema montado no MEC. Justiça pede transferência de Ribeiro de São Paulo para a Superintendência da PF em Brasília. Defesa de ex-ministro considera prisão injusta e vai recorrer com pedido de Habeas Corpus para livrar ex-ministro da cadeia. Informações dão conta que prisão de ex-ministro, segundo analistas, é o mais duro revés nas pretensões de Jair Bolsonaro crescer nas pesquisas de intenção de votos e, assim, ter alguma chance de vencer as eleições nas quais busca se reeleger, mas enfrenta a liderança do ex-presidente lula, segundo apontam todas as pesquisas até agora divulgadas. As avaliações, inclusive do núcleo da campanha de Bolsonaro, via de regra são no sentido que a operação da PF contra o ex-ministro da Educação enfraquece sobremaneira o discurso bolsonarista de que nunca teve e nem tem corrupção no governo liderado pelo capitão.  A prisão do ex-ministro trata-se, de acordo com essa ótica, de uma espécie de pá de cal nessa narrativa.  A preocupação, agora, é encontrar um "novo" discurso para Bolsonaro. Leia, abaixo, matéria da Agência Estado, com informações sobre o caso: A prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro reacendeu no Senado movimento para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Senadores de oposição e críticos à atuação de Ribeiro tentam coletar assinaturas para a abertura da CPI do MEC, destinada a investigar suspeitas de desvios na pasta. Como revelou o Estadão, Ribeiro e dois pastores mantinham um gabinete paralelo no ministério. Prefeitos relataram ao jornal terem recebido pedido de pagamento de propina em troca de agendas no MEC e liberação de recursos da educação. A Polícia Federal prendeu o ex-ministro na manhã desta quarta-feira, 22, no âmbito da investigação sobre o gabinete paralelo instalado na pasta, com favorecimento de pastores na distribuição de verbas. Os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, que estão no centro das suspeitas, também são alvos de buscas da polícia. No Senado, o líder da oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), começou a coletar assinaturas para a CPI em março, após a revelação do caso. O pedido depende do apoio formal de 27 senadores e de uma decisão do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Até o momento, 24 senadores assinaram o requerimento e um declarou que vai se juntar ao grupo, de acordo com Randolfe. A prisão reforçou as suspeitas de crimes envolvendo os gastos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)."Lembrando aqui os senadores que já assinaram a #CPIdoMEC e reforçamos: faltam apenas DUAS assinaturas!", escreveu o líder da oposição no Twitter, divulgando os nomes dos colegas que apoiam a CPI. Até o momento, o caso é discutido apenas na Comissão de Educação do Senado, que ouviu prefeitos denunciando a oferta de propinas pelos envolvidos. O colegiado, porém, não tem o mesmo poder de uma CPI, que pode quebrar os sigilos fiscal e telefônico e até dar voz de prisão a um acusado. O presidente da Comissão de Educação, Marcelo Castro (MDB-PI), cobrou uma investigação na gestão de Milton Ribeiro, mas ainda não oficializou a assinatura na CPI do MEC. "Agora, é urgente que se faça uma intervenção no FNDE para que se apure os contratos feitos na gestão de Milton Ribeiro, em que recursos públicos eram direcionados, sem nenhum critério técnico e com viés político. O que temos visto é um descalabro na administração pública", disse.