DENÚNCIA DA PF:  Criada “organização criminosa” no MEC;  ex-ministro e pastores deixam cadeia

DENÚNCIA DA PF:  Criada “organização criminosa” no MEC;  ex-ministro e pastores deixam cadeia
REDAÇÃO O ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro e os pastores acusados de corrupção com verbas federais já deixaram a prisão, nesta quinta-feira, por decisão de ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça). No entanto, segundo a Polícia Federal já apurou, as provas e indícios de desvio de recursos no âmbito da pasta, sã fortes e remetem à criação de uma “organização criminosa” no âmbito do Ministério da Educação (MEC), na gestão do presidente Jair Bolsonaro que entregou o comando do órgão para um grupo de religioso. A Polícia Federal afirma que a dupla de pastores que atuava dentro do Ministério da Educação durante a gestão do ex-ministro Milton Ribeiro usou contas de parentes para receber propina decorrente de negócios na pasta. A informação consta da decisão que autorizou a prisão do ex-ministro e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Ribeiro. Todas as detenções foram revogados nesta quinta pelo desembargador Ney Belo, da Justiça Federal. Segundo a PF, um sofisticado esquema foi montado pelo que a entidade classifica como “organização criminosa” dentro do MEC. A Polícia também constatou que a esposa do ex-ministro Milton Ribeiro recebeu ou cedeu valores a parentes da dupla de pastores.  A investigação aponta ainda que um aliado da dupla investigada foi nomeado para cargo dentro do Ministério da Educação. Esse personagem, chegou a viajar com os pastores e a participar de eventos com eles. Na decisão do juiz Renato Borelli, que tornou-se alvo de ameaças após decretar a prisão do ex-ministro de Bolsonaro, o juiz aponta achados também da Constroladoria-Geral da União, que subsidiaram a investigação. Além da prisão de três dos envolvidos, já revogada, o juiz determinou a quebra dos sigilos dos citados no caso, como foi pedido pela PF. Também partiu da PF o pedido de prisão, sob o argumento de que os investigados poderiam obstruir a investigação e destruir provas. O MPF foi favorável à quebra de sigilo, mas sugeriu medidas cautelares, como proibição de comunicação entre os citados, como alternativa à prisão preventiva, o que o juiz negou. A defesa do ex-ministro Milton Ribeiro só teve acesso à decisão nesta quinta. Ela classificou a prisão do ex-ministro como ilegal e extemporânea, argumento acatado pelo desembargador do TRF-1